Paralamas em Noite de Clássicos
Publicada em 26, Oct, 2025 por Marcia Janini
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Na noite da última sexta-feira, dia 24 de outubro, o Espaço Unimed em São Paulo recebeu mais um show da turnê Paralamas Clássicos, onde Os Paralamas do Sucesso rememoram os grandes hits das várias fases de sua carreira, que contabiliza mais de 4 décadas.
Subindo ao palco por volta das 22h15, chegam com a deliciosa introdução da toada do nordestino baião, com a forte percussão da zabumba e triângulo, trazendo o irreverente toque de brasilidade de para um dos primeiros sucessos, a divertida e reggaeira "Vital e Sua Moto", Herbert Viana, João Barone e Bi Ribeiro colocam o público para dançar e cantar junto esse sucesso de 1983.
Na sequência, a icônica "Cinema Mudo" trazendo a fusão da new wave com o swing latino da cumbia emenda com o charme dos metais no trompete bem temperado da ensolarada "Bora-Bora".
Para "Pólvora", trazendo o estilizado acento latino da caribenha percussão, aliada à letra ácida e ao andamento ralentado do reggae, surge como diferencial o trombone de Bidu Cordeiro permeando com aura de velada dramaticidade e urgência a melodia, em um puro instante de ousadia e criatividade. Great!
Bem pontuados no frenético andamento desenvolvido pela condução precisa da bateria de João Barone, a descontraÃda "Ska" traz todo o carisma de Herbert em seu vocal impecável, de dicção perfeita, simples e direto.
Para o sucesso da banda na celebrada releitura para "Lourinha Bombril" (Los Pericos), o teclado hammond de João Fera se alia aos fantásticos metais do trombone de vara e do sax tenor de José Monteiro Jr., dialogando com precisão com o baixo ágil de Bi Ribeiro.
Após a suavizada e poética "Trac-Trac" em mais um belo momento da performance vocal de Herbert Viana, permeada com propriedade pelos acordes do teclado de João Fera e pelos arrufos da bateria em cadenciado constante e conversões precisas, surge a densidade de "O Calibre", em sua crÃtica à violência das cidades em outra roupagem, onde tonalidades rascantes da guitarra se unem à bateria em marcha e cadenciado constante, para mais momentos marcantes da apresentação.
Em seguida surge o clássico "Selvagem" tendo "PolÃcia" (Titãs) como música incidental, onde o rock se alia ao reggae do andamento.
Em nova roupagem, que traz a fusão dinâmica entre o ska e o rock em andamento frenético, a antes delicada balada "Mensagem de Amor" surge suavemente dançante, em interessante e inusitada fusão em dinâmica e estilo.
Trazendo lindo e introspectivo momento, o teclado de João Fera surge em tonalidade organÃstica e acordes de notas suspensas na introdução para "Seguindo Estrelas", que em seguida ascende em toda a apaixonada urgência da letra com o afretado da bateria e a roqueira guitarra permeando o refrão.
Após a diferenciada introdução para "Uns Dias", alterando suavemente a dinâmica da melodia, a linda "Romance Ideal" surge em sua modernizada balada, onde os riffs altos da guitarra dialogam com a bateria no cadenciado constante do rockabilly. Com propriedade, os lindos acordes do teclado apoiam a força do refrão e as pontes entre as estrofes. Amazing!
Reggaeira e efusiva na melodia, contrastando com a densidade e acidez da letra sobre amores desfeitos "Ela Disse Adeus" marca mais uma genial e irreverente sacada da banda, seguida pela ensolarada e suavizada tonalidade do reggae com os deliciosos metais de "La Bella Luna".
Ainda trazendo momentos introspectivos e deliciosa aura de romance à apresentação, a lindÃssima "Cuide Bem do Seu Amor" traz os lindos arranjos do impactante solo de guitarra de Herbert Viana em cromatismos na finalização. Perfeito!
Além destes hits, a apresentação trouxe alguns dos maiores sucessos de todas as fases da carreira da banda como "Lanterna dos Afogados", "O Beco", "Alagados", Óculos" e para o momento do bis mais canções importantes na carreira como "Caleidoscópio" e "Meu Erro", além de inspiradas releituras para "Sossego" (Tim Maia), "Que PaÃs é Esse? (Legião Urbana) e "Should I Stay or Should I Go" (The Clash).
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