The Chosen Years: Glenn Hughes em São Paulo
Publicada em 17, Nov, 2025 por Marcia Janini
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Na noite do último domingo 16 de novembro a Vip Station, casa de shows localizada na zona sul da capital paulista, recebeu mais uma apresentação da tour mundial The Chosen Years de Glenn Hughes.
Abrindo a noite às 19h30, a banda mineira Electric Gypsy traz seu hard rock de linhas clássicas, com pitadas de heavy e folk.
Para "More Then Meets the Eye" a deliciosa cadência do hard rock bem explorada pela bateria de Robert Zimmerman em cadenciado constante se une à guitarra distorcida de características heavy. Cheio de carisma, o intérprete emprega grande vigor em seu descontraído fraseado vocal.
Em "Shoot' em Down", o andamento levemente ralentado e o fraseado vocal remetem ao soul, permeados pela bateria em conversões ousadas. Carismático, o vocalista Guzz traduz a energia hard da letra. Bom momento do show!
Após o estilizado solo da bateria em impactante diálogo com a guitarra de Nolas nos riffs distorcidos de "Hot For Teacher" a canção evolui para o andamento frenético do hard com marcantes influências no heavy. No contraponto, o contundente baixo de Pete em doom arremata com propriedade a melodia.
Divertida, trazendo elementos do rockabilly e do folk rock "Right On" traduz aura suavemente dançante na cadência gostosa do classic rock, permeada com propriedade no cadenciado preciso da guitarra.
Ousada, trazendo esparsos elementos de punk rock no frenético andamento "Love is a Bitch" traz na guitarra de acordes encadeados e no baixo em doom o perfeito pano de fundo para o potente vocal de Guzz.
Na introdução traduzindo influências no progressive rock, com melancólicas pitadas de blues no andamento ralentado desenvolvido pela bateria, "Burnin' Heart" traz arrebatadora performance de seu front man, trazendo modulações de grande valor estético.
Subindo ao palco às 21h00, Glenn Hughes e banda iniciam sua apresentação ao som de "Soul Mover", uma melodia trazendo o acento da soul music na linha melódica adotada pelo baixo em doom, aliado à guitarra distorcida de Søren Andersen e a bateria em afretados poderosos de Ash Sheehan, apoiando o vocal firme de Glenn.
Para "Muscle and Blood", a guitarra em afinação padrão de riffs altos se alia ao baixo rascante e contundente em dub step e à bateria cadenciada. Explorando intensos agudos em modulações precisas, Hughes brilha na interpretação da letra urgente. Great!
Na execução da pesada "Voice in My Head" determinada pela cadência do hard/heavy de linhas clássicas, a bateria de Sheehan surge com furor aliada à guitarra envenenada. Em intensas variações dinâmicas, as modulações vocais de Glenn contrastam positivamente com a melodia, em uma ambientação poderosa e elegante. Great!
A inspirada execução de "One Last Soul" chega trazendo o vigor dos dobrados da bateria em cadenciado intenso na introdução, ascendendo para a intensidade dos acordes solapados de guitarra e baixo, em diálogo intenso. Mais um momento importante da performance vocal de Hughes. Amazing!
Em "Can't Stop the Flood" a guitarra de afinação alta de Andersen explode em semicolcheias encadeadas já na introdução, em intensa correspondência com o baixo em solapados e rascantes no contraponto à bateria alquebrada, em um dos mais vibrantes momentos do show e da performance vocal de Glenn Hughes, em modulações e vibratos precisos. Great!
Para "First Step of Love", o rock se alia à cadência gostosa do reggae, bem determinada pela cadência da bateria, tendo o baixo no contraponto. A guitarra em glissandos e cromatismos aponta com propriedade a fusão de estilos, permeando os vocais intensos de Hughes.
Trazendo os riffs em staccato da guitarra de Søren na introdução que se aliam perfeitamente à bateria de Ash em crescendo e ao ostinato contundente do baixo na jazzística "Way Back to the Bone", surge mais um momento todo especial da apresentação. Com fraseado vocal diferenciado, Hughes brilha mais uma vez em intensidade e criativa ousadia. Great!
"Medusa" de melodia suave traz o acento do progressive metal e da new age na introdução, onde os vocais preciosos em solfejos e vibratos intensos de Glenn traduzem a intensidade da letra com propriedade. Ascendendo para a cadência intensa do heavy nos rascantes potentes da guitarra e no baixo em contraponto à bateria cadenciada, surge mais um diferenciado instante do show.
Além desses sucessos, o show trouxe também canções de várias fases da carreira de Glenn junto ao Deep Purple, Trapeze e Black Country Communion, como "Mistreated", "Burn", "Coast to Coast", "Stay Free" e "Black Country".
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