Acústico 25 Anos: Capital Inicial em São Paulo
Publicada em 16, Nov, 2025 por Marcia Janini
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Na noite da última sexta-feira, 14 de novembro, o Capital Inicial se apresentou no Espaço Unimed, em mais um show da turnê comemorativa de 25 anos do álbum Acústico.
Iniciando a apresentação por volta das 22h45 ao som de "O Passageiro" em delicada versão acústica, Dinho Ouro Preto traz a firmeza de seu potente e jovial vocal, apoiado pelo diálogo intenso das cordas, explorando glissandos nas conversões ao refrão.
Na sequência, a icônica "O Mundo" apresenta esparso toque de latinidade na percussão, que se mescla à exímia condução da bateria de Fê Lemos, denotando ainda mais charme à melodia.
Em "Todas as Noites" os acordes solapados dos violões introdutórios de Yves Passarell e Luciano Carelli surgem traduzindo toque extra de ousadia e modernidade, ladeando um dos mais intensos momentos da performance vocal de Dinho, vibrante e cheia de carisma. Na finalização, o impecável teclado hammond de Nei Medeiros se afina perfeitamente com o cadenciado preciso da bateria. Great!
Para mais um intenso momento de sua performance, Dinho brilha na execução da balada "Tudo Que Vai" denotando toda a urgência da letra com propriedade. Digna de menção a condução da bateria, em conversões técnicas e precisas, aliada às perfeitas e melodiosas cordas dedilhadas das guitarras e violões em cromatismos de grande valor estético. Amazing!
Após a execução de "Independência", surge a icônica "Leve Desespero" da antiga safra da banda, ainda sob os efeitos da extinta Aborto Elétrico, afigurando-se como um dos primeiros sucessos da banda. Cheio de energia, apoiado pelo instrumental despojado sem perder a firmeza, Dinho explora fraseado vocal diferenciado, contrastando com o andamento levemente ralentado da melodia, permeada com precisão pelos teclados em correspondência com os violões e guitarras.
Trazendo a primeira participação especial da noite, Dinho divide os vocais de "Eu Vou Estar" com Zélia Duncan, num dos mais aclamados momentos da noite. Amazing!
A balada "Cai a Noite", traz fraseado vocal levemente sensual em meio aos arranjos delicados e preciosos do baixo de Flávio Lemos em encorpados cromatismos, marcando mais um ponto alto da apresentação. No acompanhamento, a bateria em suaves toques traz toda a beleza e leveza expressas pela letra, seguida pela belíssima e inspirada execução de "Fogo".
Em uma balada intensa e repleta de variações dinâmicas, a reflexiva "Olhos Vermelhos" chega trazendo os solapados dos violões em diálogo com a bateria alquebrada de andamento ralentado, apoiando a força do refrão e da letra em modulações cheias da personalidade marcante de Dinho Ouro Preto. Great!
A participação mais que especial, desta vez de Kiko Zambianchi na condução de um dos violões e dividindo os vocais com Dinho para a clássica "Primeiros Erros", coloca o público em frenesi e coro uníssono. Lindo de se ver e ouvir!
Para "Mais", trazendo em seu bojo pitadas esparsas de folk e soft rock na linha melódica desenvolvida pelos violões em dedilhados intensos e vigoroso andamento da bateria em afretados suaves nas conversões, surge mais um bom momento do show antecedendo a execução do sucesso "1999", que resgata reminiscências dessa fase da carreira da banda na execução da faixa, já há muito tempo fora dos setlists de apresentações, com gostosa cadência do rockabilly com esparsos acentos country.
Na sequência, três clássicos do Aborto Elétrico nas execuções de "Fátima", "Veraneio Vascaína" e "Música Urbana", em suavizadas versões.
Além desses sucessos, constaram do setlist da festiva apresentação hits como "Depois da Meia-Noite", "Natasha", "Quatro Vezes Você" e "À Sua Maneira".
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