O R&B de Joss Stone em São Paulo
Publicada em 10, Dec, 2018 por Marcia Janini
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Na noite da última quinta-feira, 5 de dezembro, o Tom Brasil em São Paulo recebeu mais um show da turnê mundial de Joss Stone, uma das mais aclamadas vozes do R&B da atualidade, em única apresentação.
Iniciando o show por volta das 21h45 ao som de "The Chokin´ Kind", a linda releitura para o clássico de Joe Simon na cadência do soul/gospel emoldurado pelas potentes modulações das backing vocals no apoio à brilhante performance de Joss Stone, contrabalança a suavidade da melodia com a eloquência e equilíbrio de sua interpretação.
Para "Newborn", a urgência da letra surge ressaltada pelo bem conduzido instrumental, em mais uma canção suave e repleta de velada sensualidade determinadas pelo brilhantismo do vocal de Stone, em solfejos e modulações técnicas, arrojadas e de rara beleza, em um bom momento da apresentação.
Para a explosiva "Big Ol´ Game", trazendo a efusividade extraída da disco music, surge momento de grande descontração na apresentação, num delicioso convite à dança. Digno de menção o trabalho do fantástico trio de metais, explorando sonoridades dinâmicas e cheias de irreverência.
"Karma" de acento country na fusão com elementos blueseiros explora a sonoridade de acordes simples dos violões solapados ascendendo para dedilhados suaves nas conversões ao refrão. Despretensiosa, a suavidade envolvente de Joss em vocais tranquilos traduz a este momento da apresentação lindo momento introspectivo.
Em arrebatada energia, surge a versão para "The Look of Love" (Burt Bacharach), traduzindo na cadência do bolero latino dançante momento da apresentação. A expressividade vocal de Joss Stone é amparada com maestria pelo instrumental em vitalidade ímpar.
Em mais um momento dinâmico e descontraído da apresentação, com perfeita sinergia palco/ plateia, o grande hit dançante "Love Me", na cadência do R&B em junção com sonoridades street, traduz mais um grande momento da performance de Stone. O frenético andamento instrumental, bem emoldurado pelas guitarras em riffs alucinantes, traduz mais um ponto alto de demonstração da elaborada técnica instrumental.
Deliciosa, a canção "Harry´s Symphony" surge na ensolarada irreverência do reggae, permitindo os descontraídos improvisos que remontam às jam sessions. Em um momento de descontração e intimidade ímpar com o público Joss Stone brilha, em uma arrebatadora performance. Grande momento da noite!
Permeada pelo virtuosismo do teclado em arranjos de extrema doçura, "Then You Can Tell Me Goodbye" (The Casinos) traz mais uma introspectiva performance de Stone, em um dos momentos mais belos da apresentação. Em modulações perfeitas, demonstrando um pouco de sua enorme técnica e alcance vocal, a cantora resplandece diante de seu público, emprestando o fraseado perfeito em primorosas modulações para a urgência expressa na romântica letra. Great!
Em um dos mais impactantes instantes da apresentação "Super Duper Love" traz a perfeição do blues em riquíssimos arranjos do trio de metais. No contraponto, o baixo em dub explorando tessituras diferenciadas e o impecável trabalho das backing vocals, apoiam com propriedade a grandiosidade da interpretação de Joss Stone para esta canção. Amazing!
As inspiradas releituras para clássicos como "Young Hearts Run Free" (Candi Staton), "I Put A Spell on You" (Screamin´ Jay Hawkins), "She Used To Be Mine" (Sara Bareilles) e "Wildflowers" (Tom Petty), surgem como gratas surpresas no decorrer do show, coroando de graça e energia o trabalho da intérprete e banda.
Não faltaram grandes sucessos da carreira de Joss Stone no privilegiado setlist, surgindo na execução de canções como "Sensimilia", "Understand", "Music" e "Tell Me ?Bout It", determinando aproximadamente duas horas de uma apresentação vibrante!
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