The Sisters of Mercy em São Paulo
Publicada em 27, Sep, 2025 por Marcia Janini
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Na noite da última sexta-feira, 26 de setembro, o Tokio Marine Hall recebeu mais um show do tour 2025 do Sisters of Mercy, banda darkwave ícone entre final dos anos 80 e início dos anos 90.
Subindo ao palco por volta das 22h00 ao som de "Don't Drive on Ice", uma melodia que traz na introdução a guitarra de Kai em dedilhados fluidos e a percussão da bateria em crescendo, a banda inicia sua apresentação.
Para "Crash and Burn", um Andrew Eldritch cheio de personalidade, traz toque de sarcasmo e ironia nos vocais guturais, permeados com propriedade pelos sintetizadores que se fundem com precisão ao cadenciado constante da bateria e à guitarra em rascantes.
Em "Doctor Jeep/ Detonation Boulevard" mais uma melodia contagiante, onde esparsos elementos da sonoridade mediterrânea se aliam à guitarra em glissandos, o que traduz leveza e sensual aura de mistério à melodia, em um bom momento do show. Na segunda porção do medley, um rock rápido, com influências no rockabilly explorado com precisão no fraseado vocal e nos arroubos da guitarra de Ben Christo, trazem a ácida interpretação vocal de Eldritch...
Após a execução de "More", um dos grandes hits da carreira, surge "I Will Call You" uma canção de andamento ralentado, bem marcado pelo cadenciado constante e preciso da bateria, com breaks estratégicos que apoiam o refrão.
Mais um grande sucesso "Alice", seguida pela clássica "Dominion/ Mother Russia" surgem trazendo reminiscências. Momento crucial da apresentação.
Para a densa "Summer" a guitarra rascante de Kai se alia à bateria cadenciada para a introdução ralentada, que em crescendo traduz sonoridade ágil e vigorosa, emoldurando o vocal soturno de Eldritch... Intenso!
Para a releitura de "Giving Ground" (The Sisterhood), os sintetizadores em minimal na introdução apoiam a guitarra em riffs altos. Mantendo com precisão a cadência ralentada e delicada aura de sensualidade, a bateria segue em evoluções suaves, sempre mantendo a cadência em ostinato. Bom momento do show!
Após a execução de "Marian", mais um grande hit, surgem os primeiros acordes de "But Genevieve", dedilhados com agilidade na guitarra introdutória de Ben Christo, acrescido da bateria em cadência frenética, traduzindo na melodia os gérmens do post-punk 80's.
Igualmente mordazes e cortantes "Eyes of Calígula" e "Here" traduzem o cíclico movimento em rondó, para a simples estrutura que se repete em uma sonoridade ralentada e firme.
"Quantum Baby" surge em crescendo nos afretados da bateria, aliados aos poderosos riffs da guitarra rascante de Kai e à ágil bateria alquebrada, emoldurando o marcante refrão executado com firmeza por Andrew em uma canção dinâmica e potente, seguida pela precisão métrica de "When I'm on Fire", onde Eldritch cresce novamente, em guturais e modulações de efeito.
Encerrando a apresentação, o clássico darkwave "Temple of Love" traduz mais um dos grandes momentos da noite.
Para o momento do bis, gratas surpresas foram reservadas na execução de excerto do hit "Never Land" e na execução dos sucessos "Lucretia My Reflection" e "This Corrosion".
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