Noite de Flashback em São Paulo
Publicada em 21, Dec, 2025 por Marcia Janini
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Na noite do último sábado, 20 de dezembro, o Suhai Music Hall recebeu em grande estilo três dos maiores nomes da house music dos anos 80 e 90, em apresentação que reuniu o cantor Noel, a cantora Thea Austin (ex-Snap) e a banda Information Society, para um público estimado em cerca de 9000 pessoas.
Iniciando as apresentações da noite, Noel sobe ao palco por volta das 22h30, ao som do hit "Like a Child".
"Change", uma canção da safra mais recente, traz arranjos levemente suavizados com influências no charm e r&b onde, permeando com graça a dançante melodia, surge o teclado em minimal.
Trazendo acentos que remetem esparsamente ao techno, "The Question" traz o cadenciado firme da bateria eletrônica com reforço de bass, contrastando positivamente com a letra delicada, em um descontraído e inusitado romantismo... Interessante!
Após a execução do grande sucesso "Silent Morning", o carismático Noel se despede ovacionado com o carinho dos fãs.
Subindo ao palco às 23h00, a cantora Thea Austin (ex-Snap) traz seu vocal crooner para a execução de "I Feel Love" a capella, impressionando os presentes com sua enorme extensão e técnica.
Na sequência "I Can't Get Enough" surge na potência vocal de Thea, que explora vocalizes de tonalidades altas em medley com "Don't Tell 'Em" trazendo a batida e o fraseado vocal firme do rap, em meio ao sampler dos sintetizadores, para um bom momento de sua apresentação.
Após a execução da icônica "Rhythm is a Dancer", surge a execução de mais um sucesso a canção "Fascinated", conhecido na voz de outro influente grupo "Company B", em inspirada releitura de Thea, mantendo quase inalterados cadência e andamento, trazendo um toque a mais de dinâmica e peso com sua potente voz.
Na sequência "Oops Up", que remonta ao clássico funk "I Don't Believe You Want To Get Up and Dance (Oops)" do Gap Band, surge a capella, em interação com o público, em instante de total sinergia, onde Thea anuncia a derradeira canção de sua passagem pelo palco, a icônica The Power".
Às 23h50 tem início a aguardada apresentação do Information Society, trazendo a vinheta robótica com acentos futuristas da canção "Peace and Love, Inc.", bem ao estilo filme soundtrack.
Na sequência, após suave aquecimento em estilizada jam session, surge "I Like the Way You Werk It" uma canção que traz nos sintetizadores elementos robóticos permeando suavemente a dançante melodia, repleta de breaks estratégicos antecedendo declamações em crossfader.
Para "Conspiracy" o cadenciado firme da bateria eletrônica se alia ao contador em minimal explorado pelo sintetizador de Paul Robb com grande propriedade, criando interessante ostinato no alquebrado andamento.
Em "Come With Me" surge mais uma faixa dançante em cadência suavizada, onde os elementos fundem-se a uma roupagem pop, bem determinada pelos breaks estratégicos e pelo fraseado vocal de Kurt Harland... Interessante, a melodia explora estrutura em rondó, para mais um bom momento da apresentação do Information.
Após a apresentação de "Running" com introdução diferenciada, evoluindo para o andamento ágil característico deste clássico da dance music, na sequência surge uma sampleada versão para "Peace and Love Inc.", onde o marcante sintetizador traz a junção perfeita entre excertos e samplers e a batida cadenciada, firme e constante da bateria eletrônica, dialogando com o baixo de James Cassidy no contraponto. Amazing!
Em "Down in Flames", uma balada eletrônica que traduz elementos modernizantes para acordes de notas em suspensão do teclado de Will Loconto, que se fundem ao ralentado andamento determinado pela bateria eletrônica, surge mais um criativo momento da noite.
Mantendo a suavidade desta porção da apresentação, o hit "Crybaby" surge em
versão fidedigna à original, trazendo seu delicado teclado em minimal, seguida por
"Tomorrow", que traz em sua introdução esparsos elementos orientais, ascendendo para o house com elementos da sonoridade urban e street...
Um dos grandes sucessos da carreira "Walking Away" é executado, prosseguindo com "Jonestown", uma canção suavizada, onde o vocal delicado e o fraseado vocal suave contrastam com a potência do cadenciado.
Em uma inspirada versão techno, o hit "How Long" surge trazendo o intenso diálogo entre bateria e baixo, apoiando a força do refrão e o vocal de Kurt. Na finalização, digna de menção a manutenção da cadência firme e o andamento frenético do techno, com elementos no drum n' bass. Great!
Além dessas canções, constaram do set list clássicos como "Think", "What's On Yout Mind?" e "Repetition".
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