O Charme Gitano de Sidney Magal
Publicada em 01, Sep, 2025 por Marcia Janini
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Na noite do último sábado, 30 de agosto, o Tokio Marine Hall em São Paulo recebeu mais um show da turnê do querido Sidney Magal, trazendo seu charme latino que encanta gerações desde a década de 70.
Subindo ao palco por volta das 21h15, o cantor inicia sua apresentação ao som da inspirada releitura para o clássico "Palco" (Gilberto Gil), trazendo em meio ao toque de ijexá da melodia o suave tempero de latinidade.
Na batida forte da rumba "Coração Latino", com a presença do belíssimo corpo de baile na sensual coreografia, apresenta o acento da cumbia e de outros estilos musicais da latino-américa, bem pontuados pela firme percussão e pelo vibrante timbre de Magal.
Para o hit "Amante Latino", o cadenciado característico surge bem marcado pela bateria e pela brilhante percussão.
Na sequência, o grande sucesso "Tenho" levanta o público, trazendo a fusão entre o acento pop e os metais da disco music em junção com a deliciosa latinidade, para um dis grandes momentis da apresentação.
Prosseguindo com "Ciúme", releitura para o sucesso da irreverente banda de rock nacional Ultraje a Rigor, Magal traz a batida suave e dorida do bolero, em interpretação única e personalizada, explorando com propriedade a letra, apoiado pela intensa participação do público. Great!
Depois de sensualizar e descontrair com a divertida e dançante releitura para "Pegate" sucesso do cantor Ricky Martin, traz um momento delicado e deliciosamente romântico dedicado ao seu público feminino, na brilhante releitura para "Corazón Partío" (Alejandro Sanz).
"Gosto de Maça" (Wando), em medley com "Escancarando de Vez (Eu e Você)" (Elymar Santos) e "Mon Amour, Meu Bem, Ma Femme" (Reginaldo Rossi) chega trazendo o acento da música popular das década de 70 e 80, erroneamente rotulada como "brega", rememorando os hits da época com desenvoltura.
Em um feliz e descontraído instante dedicado à Jovem Guarda (nome dado ao rockabilly brasileiro, também conhecido por iê-iê-iê) surgem as deliciosas "Pode Vir Quente Que Eu Estou Fervendo" e "A Minha Fama de Mau" de Erasmo Carlos, em medley com "O Bom" (Eduardo Araújo) e "Eu Sou Terrível" (Roberto Carlos), trazendo à apresentação instantes dançantes e repletos de energia.
Após momentos únicos de descontração e bom humor com seu público, o showman Magal invade com sua potente voz o campo do soul brasileiro com a execução da releitura de "Primavera" em medley com "Você", numa versão reggaeira, "Acende o Farol", "Você e Eu, Eu e Você", "Descobridor dos Sete Mares" e "Sossego", rememorando clássicos do "síndico" Tim Maia. Impactante!
Revisitando um dos maiores sucessos da carreira, a lambada "Me Chama Que Eu Vou" surge com introdução suavizada no ritmo do carimbó. Mais um importante momento do show, com a presença do corpo de baile e com a exímia execução dos músicos.
Encerrando a descontraída noite, Magal revive os maiores hits de sua carreira nas execuções de "O Meu Sangue Ferve Por Você", e "Sandra Rosa Madalena", além de trazer velada crítica social por meio da execução elegante de "Cor da Esperança" (Grupo Tradição), onde a sonoridade pantaneira se funde ao samba de morro carioca, onde a forte presença do repique dá o tom, marcando a cadência.
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