Dreamworld: Pet Shop Boys em São Paulo
Publicada em 05, Dec, 2023 por Marcia Janini
Na noite da última segunda-feira, 04/12, a banda Pet Shop Boys, ícone do synthpop 80's, realizou show extra no Audio Club em São Paulo após sua passagem pelo Festival Primavera Sound.
Subindo ao palco por volta das 21h00 ao som de "Suburbia", um dos grandes hits de sua carreira, os britânicos Neil Tennant e Chris Lowe chegam trazendo seu elegante carisma.
Para a dançante "Can You Forgive Her?", a introdução traz os acordes em minimal do teclado. Nos sintetizadores, reforço de bass e breaks estratégicos apoiam o refrão, em uma canção suavizada, levemente dançante. Esparsos sons de lazers remontam ao futurismo 70's no refrão.
Na sequência, o sucesso "Opportunities (Let's Make Lots of Money)" surge num delicioso convite à dança para um importante momento do show!
Em seguida, mais um clássico da carreira da banda surge na execução de "Where the Streets Have No Name (I Can't Take My Eyes Of You)" o genial medley em releitura na fusão entre as canções do U2 e a canção de Frankie Valli, em uma criativa e ousada composição da banda. Great!
"Rent", mais um clássico expresso na balada dançante e moderna, trazendo os acordes em minimal do teclado com o suave acompanhamento beat da bateria eletrônica, determina mais um marcante momento da apresentação.
Apresentando cíclicos movimentos nos samplers introdutórios para a suavemente dançante "I Don't Know What You Want But I Can't Give It Any More", a canção contou ainda com a participação mais que especial da tecladista Clare Ushima, dividindo os vocais com Neil Tennant. De timbre claro e melodioso, atingindo notas altas em modulações precisas, tevelou-se uma grata surpresa na apresentação.
Mais um momento de forte reminiscência surge na execução do hit "So Hard", com seu marcante refrão cadenciado, contrastando com o andamento ralentado da melodia. Amazing!
Em "Left to my Own Devices", o synthpop abre espaço para o surgimento de elementos do dance e house, em meio aos samplers extraídos dos já longínquos anos 70 que permeiam com graça e vitalidade o refrão, numa canção atemporal.
Na sequência, a percussão forte de "Se a Vida É (That's the Way Life Is)", single produzido especialmente para esta turnê, traz elementos do samba brasileiro e da latinidade da rumba caribenha, em meio ao acento urban da sonoridade street.
Após a suavidade e delicadeza de "You Only Tell Me You Love Me When You're Drunk", em uma inspirada e apaixonada performance do diferenciado timbre vocal de Tennant, emoldurado com graça pelo violão de aço em dedilhados sublimes, surge mais uma canção suavemente dançante e de velada sensualidade.
Após a execução do sucesso "Love Comes Quickly", trazendo energia e dinâmica vitalidade à apresentação, "Paninaro" surge com seus ares de grande hino, onde o refrão entoado em uníssono sobressai à dançante linha instrumental adotada, seguido por "You Were Always on My Mind" na icônica releitura para o clássico de Gwen McCrae, que marcou boa parte da geração 90's.
Em "Dreamland", faixa título da turnê, surgem mais elementos da dançante sonoridade house tão em voga nos anos 90, acompanhando os movimentos cíclicos dos sintetizadores em samplers suavizados, no diálogo com o teclado que apoia com propriedade o vocal.
Para "Heart" mais um momento especialmente dançante da apresentação surge. Variações dinâmicas surgem nos samplers em looping, permeados pelo teclado em intenso diálogo com a bateria eletrônica... Grande momento da apresentação!
Após a execução da singela "What Have I Done to Deserve This?" seguida pela inspirada releitura de Sterling Void em "It's Alright", na cadência gostosa e forte do house, já caminhando para a finalização do show, surgem os grandes sucessos que marcaram decisivamente a história do synthpop, como a belíssima versão para "Go West" (Village People) e "It's a Sin".
No momento do bis, gratas surpresas estavam reservadas aos fãs, com as execuções de "West End Girls" e "Being Boring".
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