Sons of Apollo em São Paulo na Turnê MMXXII
Publicada em 15, Aug, 2022 por Marcia Janini
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Na noite do último sábado, 13 de agosto, a banda Sons of Apollo, formada por grandes virtuoses do rock, se apresentou no Tokio Marine Hall em São Paulo, com início por volta das 22h15.
Na abertura, a banda Lufeh trouxe uma rica apresentação, pautada no rock progressivo, com acentos blueseiros em lindas composições.
O diálogo imponente entre a bateria cadenciada de Lufeh Batera em evoluções criativas e o baixo em doom de Duca Tambasco, acrescido do teclado de Gera Penna em arranjos etéreos, além da flamejante guitarra de Téo Dornellas, trouxe vivacidade aos primeiros instantes da noite.
Precioso, o vocal de lindo timbre do americano Dennis Atlas, traduz toda uma aura de intensidade às mini suítes, explorando vocais agudos e brilhantes.
Sons of Apollo subindo ao palco ao som de "Goodbye Divinity", uma canção dinâmica onde a bateria alquebrada de Mike Portnoy se alia à forte linha instrumental desenvolvida pela guitarra de Ron Bumblefoot Thal, já inicia o espetáculo trazendo um instrumental forte, encorpado. Vibrantes, os vocais de Jeff Scott Soto sobressaem em meio à verdadeira avalanche sonora produzida pela bateria em evoluções constantes. Permeando com graça e jovialidade a melodia, os teclados de Derek Sherinian com acordes em minimal, surgem como fator extra para a imponente melodia.
Explorando aura etérea, remetendo ao peso e vibração dark "Fall to Ascend" traz no baixo em doom de Felipe Andreoli e na bateria arrebatadora grande peso, em mais um petardo da banda. Amazing!
Para "Signs of the Time" uma bela interpretação dos vocais de Soto, precisos. A guitarra rascante se une ao baixo em doom em intenso diálogo com a cadenciada bateria de conversões firmes. Mais um bom momento do show!
Em "Wither to Black", explorando acentos heavy, a guitarra de Bumblefoot sobe em envenenados riffs. Mantendo o cadenciado constante, a bateria flerta com sonoridades pop. Em empolgantes acordes, o baixo em doom traduz aura levemente blueseira, acompanhado pelo teclado firme.
Linda em momento intimista, a balada "Alive" traz na introdução o pleno vocal, que empresta à melodia toda uma atmosfera de aventura, liberdade e força, em uma canção esteticamente bela. Solos da guitarra em cromatismos preciosos nas conversões ao refrão apontam todo um diferencial à canção. Great!
Descontraída "Asphyxiation" traduz toda a força de uma melodia mainstream nos acentos e conversões cadenciadas da bateria, aliadas ao teclado preciso de Sherinian, que explora tessituras diferenciadas em ágil condução. Rasgado, o vocal encerra as frases em belíssimos vocalizes. Ponto alto da apresentação!
Já na introdução, a bateria forte e urban apoia o fraseado vocal alto, extremo e visceral de Scott Soto para "Lost in Oblivion"... Guitarra e baixo em diálogo na conversão ao refrão, em alucinantes dedilhados fazem deste mais um ponto importante do show!
Em mais um lindo instante intimista "Desolate July" traz mais um momento de intensidade vocal, explorando tessituras agudas, traduzindo todo o sentimento e força da letra. Em belíssimo trabalho instrumental a bateria cresce em cascatas sonoras aliada aos fortes acordes do baixo de Andreoli em um diálogo lindo e poderoso. Contundente!
Para "King of Delusion", após o belíssimo solo de teclado em perfeitos acordes minimalistas introdutórios, ascendendo para aura dramática, o vocal de Soto já inicia urgente, em modulações técnicas e precisas. Mantendo a cadência ralentada, a percussão firme em junção com o baixo no contraponto faz desta mais uma canção diferenciada.
Descontraindo, o excelente guitarrista Ron Bumblefoot, após executar trecho do Hino Nacional, realiza solo em cromatismos e glissandos perfeitos, de grande valor estético e complexidade técnica, brindando aos presentes com uma performance sensível.
Além destas canções, constaram do setlist da apresentação canções de sucesso como "New World Today", "Figaro´s Whore" e "Coming Home".
Encerrando com brilhantismo a apresentação, surge a execução de "God of the Sun".
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