Bangers Open Air MMXXV (2º Dia)
Publicada em 05, May, 2025 por Marcia Janini
Atração do 2º dia do festival, a banda sueca H.E.A.T abre as apresentações do Hot Stage, trazendo seu hard/heavy de linhas clássicas, subindo ao palco por volta das 13h00 ao som de "Disaster".
Para "Emergency" de melodia consistente na cadência do heavy de linhas clássicas, a guitarra explode em alucinante agilidade, permeadas pela incrívelmente bem conduzida bateria de Crash. Carismático, o front man Kenny Leckremo traz seu vocal perfeito e repleto de boas modulações, explorando notas altas que sustenta com grande facilidade, demonstrando toda sua técnica vocal e boa projeção. Aliado à guitarra marcante de Dave Dalone, o baixo explora o dub step no contraponto à bateria.
Em mais um hit na contagiante cadência do hard rock com elementos soft surge "Dangerous Ground" com a belíssima condução da bateria alquebrada. Trazendo o teclado primoroso de Jona Tee em diálogo intenso com o baixo de Jimmy Jay, estes emolduram com propriedade o potente vocal de Kenny.
Para a deliciosa "Hollywood" a bateria traz conversões criativas, revelando o virtuosismo e versatilidade de seu condutor Crash, em mais um hit com intensa participação do público e um refrão marcante. Envenenada, as guitarra em riffs distorcidos de Dalone complementa a composição. Em um dos mais intensos momentos de sua performance vocal, Kenny Leckremo brilha com intensidade! Amazing!
Em "Rise" uma canção pautada no hard rock clássico, o duo de cordas formado pela guitarra e pelo baixo em doom realizam intenso diálogo, onde a guitarra em rascantes responde ao peso do baixo com categoria, apoiando ainda a manutenção do andamento proposto pela bateria.
Mavioso o vocal privilegiado de Kenny surge brilhando com toda a intensidade e carisma de sua enorme técnica em modulações e vocalizes precisos de afinação alta, em mais um marcante momento de sua exímia performance em "Beg Beg Beg" angariando apaixonados aplausos da plateia, a esta altura já totalmente cativada por seu forte carisma.
Em mais um petardo sonoro surge "Back to the Rhythm" descontraída, trazendo a bateria em cadenciado constante e a ágil guitarra em cromatismos dedilhados com perfeição. Rascantes nos refrões apoiam a marcante letra, em mais um bom momento da apresentação.
Após a ágil "Bad Time For Love" surge a suavizada "1000 Miles" flertando ligeiramente com sonoridades pop bem determinadas pelo andamento ralentado desenvolvido pela bateria e pelo fraseado vocal cheio de bossa, em uma melodia descontraída.
Segunda banda a se apresentar no Ice Stage, o Municipal Waste traz seu heavy metal com fortes pitadas de punk rock em melodias de forte instrumental.
"Grave Dive" em um petardo sonoro, traz a guitarra de Ryan Waste em rascantes realizando movimentos em diminuendos, dialogando com a bateria cadenciada, resultando em grandes variações dinâmicas. Ascendendo para frenético andamento, a bateria de Dave Witte explora a fúria instrumental, acompanhada pelas guitarras rascantes em riffs encadeados.
Em mais uma melodia marcante, trazendo o baixo contundente de Philip "Landphil" Hall no contraponto à bateria com impressionante dinâmica, "The Thrashin'of the Christ" já inicia visceral e potente, na composição que parece avançar em uma verdadeira avalanche sonora.
"Wave of Death" apresenta mais uma melodia que traz seu bojo no hardcore, de forma que na plateia surgem as famosas rodas de pogo, fazendo a alegria dos rapazes mais animados, diante da pancada sonora abordada na agilidade do andamento desenvolvido pela bateria de Witte, que descende em andamento para o predomínio do rascante da guitarra em glissandos e riffs ágeis.
Em dub step, apoiada pelo baixo de Landphil no contraponto, surge a intensa "Crank the Heat" onde à guitarra em rascantes precisos se alia o potente e agudo vocal de Tony Foresta, explorando fraseado vocal descontraído. Criativo, o segundo movimento da melodia traz sonoridade completamente diversa, inusitada, em cíclicos movimentos, para retornar ao movimento original. Grande instante da apresentação!
Em mais uma melodia de peso, o Municipal Waste traz o apelo forte da bateria frenética em "Under the Waste Command", acompanhada pelos acordes rascantes e encadeados da guitarra. Bom momento do show!
Subindo ao palco Sun Stage por volta das 14h00, a banda de hard rock sueca Dynazty apresenta sua sonoridade crítica que emgloda várias outras vertentes do rock, compondo sonoridade diferenciada.
Para "Presence of Mind" um dos grandes hits da banda, com intensa participação do público, vemos a preciosidade dos arranjos dedilhados em cromatismos complexos das guitarras, em diálogo com os sintetizadores, que denotam suave aura de mistério à melodia, em acordes de notas suspensas, numa criativa composição que explora características do universo pop.
A introdução em minimal do teclado de "The Human Paradox" sugere a influência do melodic metal, que se alia ao vocal potente e aberto de Nils Molin, apoiado com propriedade pelos acordes poderosos das rascantes guitarras de Love Magnusson e Mikael Lavér em intensas palhetadas, em mais uma grande melodia. Na ponte entre refrão e estrofe, solo da guitarra rítmica de Magnusson explode no cromatismo das semicolcheias rápidas. Amazing!
Subindo ao palco do Hot Stage por volta das 15h30 a finlandesa Sonata Arctica traz o heavy metal com elementos do fantástico e influências da sonoridade celta, do progressive e do melodic metal.
"Dark Empath" uma linda melodia com a introdução suave do teclado de Henrik Klingenberg em doces e melodiosos acordes de notas sutis, traz um instante de rara beleza na melodia, antecedendo a verdadeira avalanche sonora a seguir, onde a guitarra de notas encadeadas se alia ao galope frenético da bateria de Tommy Portimo. Na porção média da canção, a guitarra apoiam-se em melismas e cromatismos de grande complexidade e rara beleza, demonstrando a destreza instrumental da condução acelerada.
Explorando a agilidade intrumental, surge o petardo "I Have a Right" em andamento prestíssimo, onde a bateria mantém com firmeza o andamento frenético, tendo o apoio do baixo de Pasi Kauppinen em dub step contundente. De afinação alta, a guitarra de Elias Viljanen evolui em riffs intensos de grande agilidade e extrema perícia instrumental em cromatismos de tirar o fôlego, ascendendo vertiginosamente para rascantes intensos e altos, para no momento seguinte trazer o rondó ciclico de dedilhados precisos na forma e estilo. Marcante!
Em "Replica" pautada no speed metal, a guitarra surge vigorosa, explorando dinâmica diferenciada, permeada pelo teclado em arranjos densos para o segundo movimento da melodia em esparsas notas melífluas, abrangendo a curva melodica desenvolvida pelo vocal primoroso de Tony Kakko num diálogo perfeito. Para a bateria em cadenciado constante, o baixo em doom apresenta o apoio do contraponto em firme condução. Perfeito!
Atração do palco Ice Stage, o Kamelot apresenta o symphonic metal, onde aborda temáticas medievais e a fantasia em suas letras, para melodias que remetem ao melodic metal, sendo por este estilo fortemente influenciado.
Para "Rule the World" uma canção de melodia pulsante, bem determinada pela bateria constante e frenética, temos o vocal de belo timbre de Tommy Karevik, em modulações simples, porém de grande beleza, onde vocalizes altos na finalização traduzem aura gloriosa. Trazendo nas guitarras de Oliver Palotai e Thomas Youngblood dedilhadas em cromatismos, com breaks estratégicos apoiando a força do refrão, esta é uma melodia que traduz toda a força de uma canção repleta de variações dinâmicas. O perfeito e ousado solo da bateria de Alex Landenburg antecede "We Will Rock You" (Queen) que surge como música incidental, encerrando a execução.
Após descontraído momento de interação com a plateia em improvisada aula de canto, surge a rápida homenagem do vocalista Karevik, que agita a bandeira nacional ao som da forte "When the Lights are Down" uma canção que envolve temática de batalha e bravura, em meio à marcha ininterrupta do ruflar dos tambores da bateria... Marchando com a bandeira em meio ao cadenciado contante e às rascantes e altas guitarras, Tommy Karevik proporciona também um dos mais primorosos momentos de sua performance vocal. Great!
Em mais um grande hino com influências no melodic metal, o Kamelot traz o teclado de Oliver Palotai em acordes tétricos permeando a melodia, criando em meio às guitarras em cromatismos e à firmeza da bateria em marcha a aura de urgência, bem pontuada pelo potente baixo de Sean Tibbetts. Dividindo os vocais com a backing vocal Melissa Bonny, esta melodia marca mais um impactante momento da apresentação da banda, na canção de distintos movimentos.
Uma das principais atrações do Hot Stage, os ingleses do Saxon chegam repleto de energia e da experiência de uma das maiores bandas do heavy metal de todos os tempos, subindo ao palco por volta das 17h45, ao som de "Hell, Fire and Damnation".
A guitarra melódica de Paul Quinn e a rítmica de Doug Scarratt realizam intenso e marcante diálogo que permeia toda a melodia de "Power and Glory" em uma sonoridade marcante, onde as poderosas cordas surgem desafiadoras, intensas, em dedilhados ágeis e técnica complexa, apoiando o perfeito vocal de Bill Byford, explorando agudos em modulações de extrema perícia. Amazing!
Trazendo um dos grandes clássicos da carreira "Motorcycle Man" composta a cerca de 45 anos atrás, cheia de vigor e energia em arranjos simples, ágeis e pesados, demonstra um domínio absurdo e destreza na condução instrumental... Ágil, o fraseado vocal de Buford traz toda a complexidade técnica de modulações bem feitas para o agudo vocal, atingindo notas altas. Grande momento da performance da banda!
Com o rascante vigoroso das trasheiras guitarras de Quinn e Scarratt numa introdução de impacto, estas se aliam à bateria em cadenciado constante e ao vocal de exímia perícia de Bill Byford para mais um bom momento da apresentação do Saxon em "Madame Guillotine".
Trazendo mais uma melodia pautada no classic metal, o vocalista mantém seu preciosismo em vocalizes de efeito e agudos em "And the Bands Played On". A bateria de Nigel Glockler, em cadência sempre constante, apoia o firme vocal, para mais um intenso momento da apresentação.
Alegres e fluidas, as guitarras crescem em dedilhados melodiosos na melhor cadência hard rock, aliado ao potente baixo de Nibbs Carter para a clássica "747 (Strangers in the Night)" um dos maiores clássicos da carreira! Grande e aguardado momento da apresentação.
Na sequência, mais um grande clássico surge na execução de "Wheels of Steel", uma canção pautada no heavy de linhas clássicas com as rascantes guitarras em afinação alta aliadas ao potente baixo em doom, ao cadenciado constante da bateria e ao perfeito e agudo vocal de Bill Byford. Amazing!
Após a bela introdução da guitarra traduzindo suaves acentos no country, a melodia de "Crusader" ascende para a cadência alquebrada da bateria de Nigel Glockler, em mais um marcante momento da passagem de Saxon pelo palco do festival, na potente cadência do power metal, onde os vocais bem posicionados em empostação ímpar de Byford brilham intensamente. Great!
Encerrando sua marcante presença no festival, a efusiva "Princess of the Night" traz mais um grande momento, na cadência do speed metal, onde a agilidade alucinante das guitarras cresce em variações dinâmicas intensas, dialogando com as aliterações de baixo e bateria. Bela finalização!
Iniciando sua apresentação por volta das 20h15, a sueca Sabaton inicia uma apresentação rica e criativa ao som de "Ghost Division" uma canção repleta de variações dinâmicas de grande efeito...
Para a grandiloquente "The Last Stand" o forte instrumental segue linha melódica linear, sem muitas variações dinâmicas, o que privilegia a letra marcante, contundente... O coro canônico do refrão traz forte apelo etéreo na composição. As guitarras seguem encadeadas, onde o rascante rítmico de Thobbe Englund apoia o dedilhado intenso da guitarra mélodica de Chris Rörland. Bateria em marcha se alia ao baixo de Pär Sundström em dub step... Intenso!
Em uma criativa inversão, "The Red Baron" inicia pelo refrão em anacruze, em uma melodia pautada no power metal clássico, onde a dinâmica instrumental predomina com a agilidade das guitarras em cíclicos riffs, seguindo a potente bateria de Hannes Van Dahl que mantém com propriedade o andamento. A linha de baixo de Sundström traz complemento às guitarras... Potente, o vocal de Joakim Brodén avança de forma precisa. Bom momento da apresentação!
Descontraída e de refrão marcante "Stormtroopers" apresenta um dos pontos altos da apresentação, seguida por "Night Witches" uma canção de melodia linear ancorada na firme cadência desenvolvida pela bateria de Van Dahl.
Subindo ao Sun Stage, o Lacrimosa chega trazendo seu metal sinfônico pautado nas vertentes do dark wave, traduzindo a sonoridade 80's do synthpop em canções repletas de energia.
"Road to Pain" traz o belíssimo arranjo em minimal dos teclados, permeando com charme a melodia, marcanda pelo potente refrão na cadência do post-punk. Densa!
Com a suave e melíflua introdução do sampler sinfônico dos sintetizadores, o vocal mavioso da soprano Anne Nurmi se alterna com a urgência apaixonada da dorida voz de Tilo Wolff em "Lament" um requiem moderno, de extrema beleza estética, em uma melodia tétrica. Na ponte entre refrão e estrofe, o timbre gutural explorado por Tilo traz grande diferencial. Em cadênciado constante, a bateria de Julien Schmidt evolui em dobrados intensos apoiando as potentes guitarras de Henrik Flyman e Jay P. Genkel.
Densidade na introdução emoldura os vocais em lânguida alternância para o andamento ralentado de "Flame im Wind". Em mais um belíssimo momento de suas performances vocais, a opereta sugerida pela melodia se arrasta com suavidade e beleza, contrastando com a grande dinâmica instrumental. Bom momento do show!
Trazendo o dramático trompete na introdução em correspondência às cordas em rascantes soltos, Tilo Wolff anuncia com maestria e dramaticidade a entrada do baixo marcante em dub step de Yenz Leonhardt para "Avalon", uma canção que traz diretamente as reminiscências do dark wave 80's em seu bojo, em mais um intenso e belo dueto das vozes feminina e masculina, numa bem sucedida performance. A finalização traz a vitalidade do speed metal, em uma composição inusitada e criativa, para descender no andamento para o dramático dobre cadenciado da bateria, marcando uma canção com vários e distintos movimentos, remontando ligeiramente ao progressive metal. Genial!
Apresentando uma nova canção, "Dark is This Night" traz o instrumental do synthpop em uma melodia levemente dançante, que se alia ao metal sinfônico das guitarras aliadas ao teclado de Anne Nurmi em etérea tonalidade. Charmoso e cheio de bossa, o front man Tilo Wolff traz em mais uma performance inspirada modulações precisas de grande efeito estético, passeando entre extremos guturais e belos agudos, em meio às medianas expressivas. Grande melodia!
Trazendo doces e suaves acordes do teclado introdutório em piano como acompanhamento ao denso e teatral vocal de Wolff, de impostação diferenciada, surge a linda e singela "Gimme Me Something to Believe In" de andamento etéreo, que ascende para inusitada euforia... Em diminuendos a canção desenvolve cíclico movimento em rondó. Em mais uma variação dinâmica, a melodia ascende para o power metal das guitarras rascantes de Flyman e Genkel em distorção, trazendo mais uma diferente tonalidade sonora, em criativas dissonâncias. Great!
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