Narrativas Épicas no Rock: Rhapsody em São Paulo
Publicada em 08, May, 2017 por Marcia Janini
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Na noite do último domingo, 7 de maio, a banda Rhapsody realizou mais um show da sua turnê de comemoração aos 20 anos de carreira em única apresentação no Tom Brasil, em São Paulo.
Traduzindo às suas letras épicas todo o vigor de composições pautadas nas várias vertentes do metal em composições arrojadas, a banda relembra clássicos que contemplam todas as fases de sua carreira.
Subindo ao palco por volta das 20h15, a banda inicia a apresentação ao som da vinheta introdutória "Epicus Furor", para em seguida executar o primeiro grande sucesso "Emerald Sword", trazendo elementos da sonoridade speed metal na cadência frenética da bateria e nos riffs rascantes e extremamente ágeis das guitarras, com baixo em contraponto.
Em evoluções nada óbvias da guitarra melódica na introdução e nas conversões ao refrão, acrescentando dedilhados, glissandos e cromatismos que remetem às cirandas do baixo medievo "Wisdom of the Kings" surge grandiosa, com ares de grande hino. Bom momento da apresentação.
O aguardado sucesso "Eternal Glory", trazendo introdução em marcha com o ruflar dos tambores, surge suavizado, ascendendo progressivamente para cadência frenética. As variações dinâmicas profundas, marcando movimentos diferenciados na composição, apresentam o rock sinfônico, em uma composição arrojada e repleta de recursos verticalizadores.
Para "Beyond the Gates of Infinity", em sua aura etérea, fundem-se a força e o peso dinâmico nos refrões repletos de cromatismos. Anacruzes e breaks estratégicos nas conversões ao refrão tornam ainda mais diferenciada esta melodia. A impressionante finalização em rondó demonstra um pouco da enorme técnica e destreza instrumental destes exímios músicos.
Na cadência do speed metal, explodindo em semi-colcheias encadeadas dos acordes das guitarras, explodindo em agilidade e potência aliados à imponente bateria cadenciada e ao baixo em acordes frenéticos, "Knightrider of Doom", traz ainda nas conversões o acento da sonoridade celta em melodiosos arranjos. Great!
Mais uma aguardada canção, a suave e melíflua "Wings of Destiny", em um dos mais belos momentos do show, traduz delicada aura introspectiva por meio de seus doces acordes.
Para a vigorosa "The Dark Tower of Abyss", em uma inspirada performance de Fabio Lione, que alterna com maestria alturas e timbres diferenciados, a melodia explora o cancioneiro romântico de forma inusitada, onde guitarras surgem à guisa de violinos e violas sinfônicas, em meio à grandiloquência da bateria frenética, em andamento alucinante! Perfeição, técnica e estética se fundem na ousada composição!!!
"Symphony of Enchanted Lands", canção que intitula o mais recente trabalho, apresenta ária introdutória, com carga de dramaticidade e densidade melódica em cadência suave, abrindo espaço para o brilhante vocal de Fabio Lione. Alternando em variações de peso e agilidade nos refrões, a canção apresenta ainda movimentos distintos, numa criativa e diferenciada suíte.
Após o impressionante solo da bateria de Alex Holzwarth, surge a impactante "Land of Immortals", canção inédita que explora a sonoridade do speed metal, com esparsos elementos da sonoridade clássica sinfônica e estrutura cíclica.
Em "The Wizard´s Last Rhymes" uma canção grandiosa com sonoridade que explora os cantochões medievais, mais momentos especiais do show.
Na sequência, o técnico e ousado solo do baixo de Patrice Guers, antecede a execução de "Dawn of Victory".
Para o momento do bis, foram reservadas as canções "Rain of a Thousand Flames", "Lamento Eroico", Holy Thunderforce" e "In Tenebris".
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