Dire Straits Legacy se Apresenta em São Paulo
Publicada em 05, May, 2017 por Marcia Janini
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Na noite da última quinta-feira, 4 de maio, a banda Dire Straits Legacy, formada por remanescentes da banda e novos integrantes, realizou show no Espaço das Américas em São Paulo.
Trazendo todos os grandes clássicos do Dire Straits e composições atuais, os integrantes sobem ao palco por volta das 22h30, trazendo a densa melodia de "Private Investigations" pautada na cadência do rock progressivo, repleta de variações dinâmicas profundas na fusão de estilos como o soul e jazz ao rock.
"Walk of Life", um dos grandes hits da carreira surge empolgando o público, num convite à descontração.
Para "Expresso Love", mais uma interpretação inspirada de Marco Caviglia no vocal. O teclado de Alan Clark permeia com graça e precisão a melodia, deliciosamente swingada. Os solos do sax tenor de Mel Collins nas conversões traduzem aura jazzística à composição, num imponente diálogo com a bateria. Primoroso!
Trazendo a guitarra dedilhada em acordes fluidos, ágeis e cadência linear determinada pela bateria, a suavizada "Down to the Waterline" traz no baixo em contraponto de Mickey Feat e na suavidade do teclado seu grande diferencial.
Como solo introdutório, o teclado em acordes doces, de notas suspensas, ambienta forte dramaticidade à melodia "Romeo and Juliet" trazendo mais um grande sucesso para deleite dos fãs. Impecáveis, as guitarras realizam o suave acompanhamento.
Com a introdução marcante do clarinete, em acordes perfeitos, "Setting Me Up" traduz ao ambiente a suavidade de uma composição pautada na sonoridade erudita, em correspondência e harmonia perfeitas. As alternâncias de andamento e sonoridades, sugerindo a atmosfera das suítes clássicas, aponta a determinada ousadia desta canção, que ascende para o rock de linhas hard.
A blueseira "Six Blade Knife", trazendo o acento do delta do Mississippi para a apresentação, surge quase numa jam session, onde a técnica e o talento destes músicos se desvenda com brilhantismo e atitude.
Explorando a fusão entre jazz e soul, a dançante "When it Comes to You", traduz à apresentação o balanço delicioso e cheio de bossa das big bands, seguido por "Sultans of Swing", um de seus maiores sucessos. Digno de nota o dueto das guitarras rítmica de Caviglia e melódica de Phil Palmer na finalização. Great! Numa finalização atípica, a canção passeia por sonoridades intimistas, delicadas, ascendendo aos poucos para uma explosão sonora que apresenta esparsos elementos de sonoridades latinas na percussão de Danny Cummings, pontuadas com técnica e conversões nada óbvias da bateria de Andy Treacey pontuadas com brilhantismo pelo teclado.
"Your Latest Trick" surge trazendo seu sax blueseiro aliado à percussão de linhas latinas e às progressivas guitarras, em mais um grande momento do espetáculo com surpreendente finalização pelos metais de Mel Collins.
Trazendo o delicioso e swingado andamento do country, a inédita "Jesus Street" apresenta melodia linear, trabalhada com esmero pela bateria cadenciada e pelas guitarras em acordes poderosos e atuais.
Em mais um momento intimista do espetáculo, a suave e romântica "Tunnel of Love" surge na delicada correspondência entre o teclado de notas densas e o clarinete, suavemente acompanhados pelo crescendo das guitarras dedilhadas, poderosas, em riffs de extrema destreza. Mais um instante importante da apresentação, com finalização diferenciada.
Para "Brothers in Arms", empunhando guitarra semi-acústica similar à adotada na gravação original desta canção, Marco Caviglia realiza execução instrumental com grande propriedade, traduzindo um dos momentos mais emocionantes da apresentação para seus fãs...
No bis, os fãs puderam conferir toda a energia de "Money for Nothing" e "The Bug".
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