Amon Amarth - Rock “Medieval” no Citibank Hall
Publicada em 12, May, 2009 por Marcia Janini
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Com início pontualmente às 20h00 de domingo, 10 de maio, a banda Amon Amarth subiu ao palco da casa de espetáculos na capital paulistana. Trazendo seu som de peso, com cadência e andamento que remetem por momentos ao death metal e a tendências dark, a banda inspira-se na mitologia nórdica do baixo medievo na composição das letras e também prenuncia esparsos trabalhos de pesquisa musical na sonoridade viking, pontuada pela bateria cadenciada e contundente. Extremamente criativo!
Na iluminação, predominância de tons escuros onde vermelhos, roxos e verdes auxiliam na ambientação às temáticas um tanto sombrias expressas nas canções, determinadas por elementos extraídos do folclore viking, assim como o ciclorama, exibindo gravura baseada nas tradicionais lendas de guerreiros semi-deuses.
Durante toda a apresentação, verificou-se a forte sinergia palco/platéia, onde os carismáticos “guerreiros” esbanjaram charme e carisma, obtendo maciça resposta do público em calorosas e efusivas palmas e códigos corporais de aprovação, onde os presentes sentiram-se próximos aos integrantes da banda.
Johan Hegg, imponente em seu poderoso vocal de timbre gutural e impressionante projeção, interpretou de maneira inspirada as canções que realizam verdadeiras apologias ao “way of life” dos guerreiros nórdicos, acompanhado pelos excelentes músicos, que juntamente com o band leader, aproximam-se da concepção teatral de criação de personagens na ambientação do espetáculo, por meio de atitudes e gestual um tanto truculentos. Fantástico!
Nota para a excelente condução da bateria de Fredrik Andersson, tendo como contraponto em perfeito contraste e harmonia o baixo de Ted Lundström, aliadas às geniais guitarras distorcidas em progressão ascendente e vertiginosa suspensão de Johan Söderberg, traduzindo aura de mistério e certa leveza na construção das melodias.
Preciosos e ricos arranjos, excelentes e elaboradas construções melódicas, garantiram a total verticalização da apresentação, num todo linear e coerente, fundindo-se à energia e vigor que os “guerreiros” do metal traduziram a esta performance bem cuidada e repleta de recursos e pontos altos.
Dignas de menção as belas execuções de “Valhall Awaits Me”, “Live for the Kill” e a faixa título do atual trabalho “Twilight of the Thunder God”, revelando-se como momentos especiais da apresentação. Excelente!
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