Coletiva de Imprensa com Jamie Cullum em São Paulo
Publicada em 24, Oct, 2016 por Marcia Janini
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Instantes antes de iniciar sua apresentação no Tom Brasil em São Paulo, no dia 21 de outubro, o cantor e compositor Jamie Cullum, muito carismático e inteiramente descontraído, recebeu a imprensa em entrevista coletiva no salão de conferências das dependências da casa de espetáculos, por volta das 20h00. Confira abaixo os melhores momentos do evento.
Quando questionado sobre suas influências musicais, o artista respondeu que elas variam desde grandes nomes do jazz e soul music como Hendrick Lamar, Frank Ocean e Herbie Hancock até nomes das sonoridades street como rappers americanos.
Discorrendo sobre suas origens no universo da música, o compositor declarou ter se apaixonado inicialmente pelo rap e universo hip hop, descobrindo em seguida o jazz e o fusion. Autodidata, aprendeu a tocar sozinho, estudando métodos e desenvolvendo livremente seu talento desde a adolescência.
Simpático ao falar sobre suas experiências no Brasil, disse estar gostando da estadia, apesar de já conhecer o país de longa data, visto que namorou por três anos uma moça nativa, que o levou a conhecer cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador, assim como seus respectivos pontos de interesse turístico.
Respondendo a pergunta sobre seus conhecimentos de música brasileira, afirmou não possuir um conhecimento vasto, entretanto gosta de compositores como Egberto Gismonti e nomes da bossa nova.
Sobre suas expectativas para o atual trabalho e turnê, o artista descreve apenas sua inquietação em estar sempre em contato com novas culturas e novas pessoas, continuar compondo e fazendo músicas, assimilando novas formas de fusão entre estilos, em suma, seguir inovando sempre.
Quanto às rotinas que envolvem seu processo de criação, Cullum discorre sobre sua disciplina de estudos diários ao piano, de no mínimo 5 horas, tempo que administra entre estar com os filhos. Muitas vezes, nestes ensaios, ao tocar composições antigas ou clássicos de outros compositores, surge o elemento inspirador para uma nova composição.
Conciliador, diz que pretende ensinar sua arte para os filhos, desde que estes expressem sua vontade de enveredar pelo ramo da música, em caso contrário, revela não se sentir desapontado.
Falando sobre a elaboração de seu último álbum "Interlude" de 2014, o compositor trouxe de volta a aura das "big bands" ao colocar todos os músicos gravando conjuntamente em estúdio, evitando as comuns gravações de partes da trilha separadas para posterior edição, o que segundo ele poderia causar quebra da linha de criatividade, prejudicando essa aura de "improviso", de liberdade estética que só as gravações em grupo permitem.
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