Coletiva de Imprensa com a banda Seattle Supersonics
Publicada em 29, Sep, 2023 por Marcia Janini
Na noite de quinta-feira (28/09) a banda argentina tributo ao Nirvana intitulada Seattle Supersonics concedeu entrevista coletiva para os principais veículos do segmento rock/pop no Audio Club, casa noturna localizada na zona oeste da capital.
Simpáticos, os rapazes Ezequiel Dias (voz e guitarra), Estevan Molina (bateria e backing vocals) e Christian Monteiro (baixo e backing vocals) deram um agradável tom de bate-papo informal, discorrendo sobre particularidaes de sua primeira vinda ao Brasil já com uma grande turnê, onde 14 datas foram agendadas nas primcipais capitais. Em São Paulo, se apresentarão no dia 13 de outubro.
Para esta tour, juntamente com a Orquestra Sinfônica Villa-Lobos regida pelo maestro Adriano Machado, trazem um formato diferenciado de reverência à icônica banda grunge, onde se alia a jovial essência pop rock à seriedade e grandiloquência da música erudita.
Iniciando a sessão às 21h00, quando perguntados sobre como e quando surgiu sua paixão pelo Nirvana, os integrantes da banda responderam que apesar de jovens, nascidos muito depois da morte de Kurt Cobain e consequente término da banda, trazem com muito carinho essa paixão surgida lá no começo da adolescência.
Sobre o fato de tocar com uma orquestra, consideram desafiador, uma grande honra e responsabilidade, mantendo sempre o olhar para a irreverência e deliciosa aura rebelde de modernidade que caracterizou a banda durante seu curto período de duração, tornando-a única.
Acreditam que Kurt Cobain aprovaria o resultado se estivesse entre nós... Ele gostaria bastante, pois tudo foi feito com muito carinho, amor e muito respeito... Os arranjos, a grandiosidade das cordas e metais da orquestra, deixaram as canções ainda mais mais encorpadas, trazendo uma beleza refinada, realmente especial.
Por serem de uma geração que não teve a oportunidade de ver o Nirvana ao vivo, por isso tudo o que fazem é com muito cuidado, e respeito à memória da banda. Sendo fãs do Nirvana, é um grande prazer para eles fazer parte desse projeto.
O processo de captação/ caracterização dos membros da banda em relação ao Nirvana ocorreu de forma muito natural e espontânea, evoluindo e se aperfeiçoando por meio de muito estudo, pesquisa e uma forte união do grupo buscando não alterar a dinâmica, a raiz das canções.
Indagados sobre a gravação de composiçôes próprias, declaram que toda banda tributo, assim como o Seattle Supersonics tem a função de homenagear ao seu ídolo, portanto, neste momento, irão se ater a este objetivo. Em relação à dinâmica de palco com uma orquestra, relataram que a formação para esta turnê não é de uma sinfônica completa, e sim um excerto dela com aproximadamente 8 músicos, que os acompanharão durante toda a turnê, resultando em cerca de 12 instrumentistas sobre o palco.
O processo de criação para compor o show surge do desejo e necessidade de se homenagear a banda, mantendo a sua sonoridade viva, pulsante nas mentes e corações de seus fãs.
Como referências ao seu trabalho e preferências musicais, citaram bandas punk, hardcore e bandas clássicas de rock como Ramones e Kiss. Não possuem parentes ou a veia musical oriunda de seu cículo familiar, sendo a primeira geração de músicos em seus respectivos clãs.
Foi polêmica a primeira receptividade dos fãs ao formato orquestral do projeto, em seguida, os fãs começaram a entender e aderir a esta proposta. Muitos gostam de ouvir Nirvana apenas de maneira tradicional... Com essa atitude inovadora, e porque não dizer, ousada, a banda revela as várias possibilidades de interação com o prolífico legado da banda.
Aos fãs que, como o Seattle Supersonics, formem uma banda tributo, primeiramente diriam que é necessário estudar, perseverar e tocar, com amor e afinco, ofertando o melhor show que puderem dar, buscando estar o mais próximo possível da qualidade sonora de seus homenageados, uma vez que a música muda muito com o passar dos tempos, surgem variados estilos enfim, os temas, motivos e objetivos são diferentes em determinado período, e é importante manter a unidade do tributo, para que este possa imortalizar o trabalho de uma banda ou artista.
É um privilégio tocar para um público caloroso e amoriso, especialmente na região sul da Brasil, onde há maior concentração de fãs do gênero.
Em seus planos futuros, seguirão diretamente para Rússia e Europa, assim sendo, não terão tempo de descanso após a turnê brasileira, haverá muito trabalho a fazer. Neste primeiro momento, não há previsão de lançamento em áudio ou imagem dos materiais produzidos durante esta turnê.
O Nirvana surgiu na vida dos membros da banda como influência, para depois se tornar o sonho de uma banda tributo. Escutavam suas músicas desde pequenos, e de tanto apreciar seu trabalho, imaginavam-se tocando ao observar as mãos e trejeitos dos instrumentistas, a princípio.
A primeira vez que Christian ouviu o Nirvana, foi por intermédio de um vizinho que havia comprado uma bateria e estava tirando as músicas da banda no instrumento... Tornaram-se amigos... E a paixão pela obra de Cobain e cia. só cresceu com o passar do tempo...
Os 14 shows que farão pelo Brasil, foi algo inicialmente controverso, inusitado... Algo que pareceu mágico, a realizaçào do sonho de uma vida... Esperam a todos os fãs nas apresentações e estão muito felizes, na exoectativa de que esta seja a primeira de muitas turnês...
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