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Best of Blues and Rock 4º Dia

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Publicada em 17, Jun, 2025 por Marcia Janini

Clique aqui e veja as fotos deste show.


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No último domingo, 15 de junho, o parque Ibirapuera sediou o 4º e último dia da edição 2025 do Best of Blues and Rock, festival que ocorreu no espaço por dois finais de semana consecutivos, trazendo um pouco de tudo quanto se fez no blues e no rock nos últimos 50 anos.

Abrindo as apresentações deste dia por volta das 17h15 os gaúchos do Hurricane chegam trazendo seu country rock com fortes influências no blues e na soul music, trazendo a cara setentista das grandes bandas, respirando uma deliciosa aura retrô ao som de "Purple Clouds" seguida por "Thunder in the Storm" uma canção que traz a cadência firme do classic rock, com o apoio do baixo blueseiro de Henrique Cezarino e da guitarra em cromatismos brilhantes.

Para "Penny in my Pocket", canção de andamento ralentado e firme condução da bateria de Guilherme Morais em dobrados dinâmicos, apoiando o vocal rascante e em drive aberto de Rodrigo Cezimbra, com modulações precisas, surge charmosa atmosfera country à melodia.

Permeando com propriedade a melodia de "Come to the River" o teclado em arranjos standard traduz elementos jazzísticos à composição, em diálogo com a guitarra de Leo Mayer em dedilhados ágeis. Suavizada, a bateria segue em conversões suaves.

Em uma canção que traz em seu bojo elementos do progressive rock, com introdução suave na cadência doce do soul, "Weary Hearted Blues" traz nos teclados hammond aliado às guitarras em melodiosos arranjos e à urgência dos vocais mais um bom momento da apresentação.

Para "Down the Street" uma canção dinâmica pautada no country rock sulista amarericano, com a guitarra em acordes solapado fazendo as vezes de banjo, aliado à gaita (harmônica) e ao acompanhamento standard do piano, temos mais uma amostra do grande talento do vocalista, em mais uma interpretação firme e precisa.

Suavizada, trazendo o imponente solo da guitarra dedilhada em doces e suaves acordes na introdução, na junção com o teclado suave em arranjos de notas suspensas denotando aura melíflua à melodia surge "Big Eyes", uma balada linda de letra introspectiva e instrumental que evolui em camadas sonoras bem pontuadas pelo preciosismo da interpretação vocal de Cezimbra, intensa em modulações profundas e técnicas.

Trazendo o hard rock com influências no rockabilly e country de "The Bird's Gone" em um dos momentos mais descontraídos do show, surge o preciosismo da banda. Brilhante, o baixo de Henrique Cezarino em doom realiza solo intenso na porção média da canção, denotando-lhe aura blueseira, cheia de swing no diálogo com o teclado hammond em tonalidade piano e dedilhados ágeis de extrema perícia técnica. Amazing!

Subindo ao palco por volta das 18h45, Judith Hill inicia sua apresentação ao som do dorido blues "I Can Only Love You By Fire" onde interpreta com grande sentimento cada trecho da letra, colocando ênfase e precisão no fraseado vocal repleto de modulações de efeito. Privilegiada, tem a honra e o prazer de tocar com seus pais, o grande baixista Robert "Pee Wee" Hill e sua mãe, a virtuosa tecladista Michiko Hill.

Na sequência a jazzística "Fire", em inspirada releitura para o clássico dos Ohio Players, traz o soul bem pontuado pelo baixo em dub step no contraponto à bateria. Bem temperado o piano standard traz toda a precisão e virtuosismo da precisão técnica de Judith.

Grooveira e deliciosamente dançante, trazendo no vocal aura descontraída em modulações perfeitas para o timbre alto e cristalino da cantora, temos "Gypsy Lover" em mais um grande momento em que o diálogo entre teclados e baixo se unem à guitarra de dedilhados ágeis e precisos da vocalista e à bateria de John Staten em cadenciado constante e conversões nada óbvias. Great!

Para a descontraída "Runaway Train" em arranjos de cromatismos intensos e preciosismo, surge um dos mais swingados instantes da apresentação, para mais uma performance incrivelmente técnica e firme de Judith em vocalizes de extrema perícia técnica, na cadência contagiante do soul. Grooveiro o baixo de Robert Hill dialoga no contraponto com a bateria em dobrados cadenciados.

Em "Burn It All" a força do blues surge na interpretação visceral de Judith Hill, onde esta emprega todo o vigor de seu vocal em impostação ímpar, para mais um grande momento. Em moderno pizzicato, dialogando com a guitarra em glissandos cromáticos, a precisão técnica do baixo de Robert Hill traduz virtuosismo à composição. Amazing!

Em momento intimista da apresentação, a suave e tépida balada "Give Your Love To Someone Else" traz momento de rara beleza à apresentação, onde o piano standard dedilhado com vigor e graça pela vocalista se alia ao teclado de sua mãe Michiko Hill na introdução. Em seguida, a vocalista conduz a blueseira e cromática guitarra de arranjos delicados que conversa com o baixo soturno em doom. Marcante, o soul surge no vocal belo, em vocalizes de arrepiar... Great moment!

Suave e reflexiva, "Dame de la Lumière" traz a delicadeza dos vocais permeados pela bateria de John Staten em pianíssimo, ascendendo em seguida para tonalidade audaciosa que flerta suavemente com o pop, denotado pelo teclado em acordes etéreos e pelo afretado da bateria, em uma canção que traz em seu bojo o soul e o blues com a pitada de modernidade do pop nas progressões de bateria e teclado, encorpando e dando firmeza às variações dinâmicas na ponte entre estrofe e refrão, em meio aos breaks estratégicos de apoio à marcante letra e à impecável performance vocal de Judith... Intenso na finalização em diminuendos e afretados, o solo de bateria reina absoluto. Amazing!!!

Trazendo o drive do rock na tonalidade ousada e irreverente do vocal, apoiada pela rascante e roqueira guitarra em distorção e riffs altos "Flame" traz o baixo grooveiro em doom e o teclado em firme acompanhamento, para mais um momento delicioso e suavemente dançante da apresentação. Brilhante o potente vocal de Judith avança, em mais um momento de intensidade.

Finalizando a brilhante passagem de Judith Hill pelo palco do festival, as canções "You Got It Kid" e "Cry, Cry, Cry" encerram com propriedade a apresentação.

Subindo ao palco por volta das 20h20, ao som da icônica "Highway Star" o Deep Purple traz seu hard rock clássico em uma explosão de energia e vitalidade.

Na sequência, os acordes precisos do teclado de "A Bit On the Side" se aliam no intenso diálogo com os riffs solapados da guitarra de Simon McBride, em uma composição que traz elementos do country em dinâmica e fraseado vocal, denotando aura charmosamente dançante. Em cromatismos de notas encadeadas, a guitarra surge em dedilhados frenéticos, permeado pelo piano de Don Airey em tonalidade standard, trazendo características jazzísticas à composição.

Trazendo rascantes em palhetadas vigorosas na introdução, aliada aos efeitos futuristas do teclado hammond "Hard Lovin' Man" surge trazendo virtuosismo instrumental em uma canção pautada na cadência frenética e na variação dinâmica intensa do progressive rock, em uma verdadeira aula de condução instrumental. A guitarra ágil e elegante de Simon McBride traz energia ímpar em dedilhados intensos, de grande complexidade. Mantendo a cadência e o andamento em progressões contínuas, a bateria de Ian Paice traz a ousadia e fúria do classic rock.

Após o solo brilhante da guitarra de Simon McBride onde este traz suas muitas influências em um show à parte de técnica e versatilidade, chegamos à sonoridade perfeita de "Uncommon Man" grandiosa em seus ares de mini suíte rock, muito bem orquestrada com o apoio do teclado em tonalidade organística, denotando características épocas à canção. Amazing!

Trazendo o hard rock 70's com influências no rockabilly de "Lazy Sod" surge uma canção suavemente dançante de melodia em cadenciado constante, elegantemente permeada pelos teclados em diálogo com a bateria de Ian Paice, em perfeitas conversões. No contraponto, o baixo grooveiro de Roger Glover segue trazendo maior charme à composição.

Após o impecável e impactante solo dos teclados conduzidos por Don Airey com maestria, surge a jam session introdutória de "Lazy" para big band nenhuma botar defeito. Surfando livremente nas águas do progressive rock com elementos country e folk, a jazzística composição ascende com os afinadíssimos vocais diferenciados de Ian Gillan em drives e modulações seguidas pela rancheira gaita (harmônica), em mais um instante onde a versatilidade e virtuosismo destes consagrados músicos ditou a tônica...

Após a execução do blues dorido de "When a Blind Man Cries" em um dos instantes mais introspectivos do show, na sequência surge "Anya", uma canção de andamento ágil na cadência contagiante do hard com elementos heavy na guitarra distorcida em riffs difusos.

Mais um momento intenso da apresentação surge na robótica introdução de Don Airey nos teclados moog, em junção com os sintetizadores e o teclado em tonalidade piano de doces acordes, em um solo impactante, técnico, ousado, criativo e mais que perfeito, onde variados estilos, do erudito ao vaudeville surgem representados numa fusão primorosa para a execução de "Bleeding Obvious" que inicia grandiosa, para mais um dinâmico momento da apresentação, denotando energia e trazendo os vocais de Ian Gillan muito bem pontuados e em plenitude da forma. Amazing!

Para os instantes finais da apresentação, grandes hits como "Space Truckin'", "Smoke on the Water", "Hush" e "Black Night" encerram em grande estilo a noite e o festival.


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