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Titãs Reencontra seus Fãs em São Paulo Pra Dizer Adeus

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Publicada em 24, Dec, 2023 por Marcia Janini

Clique aqui e veja as fotos deste show.


Titas_Encontro_2023.jpg
Na noite do último sábado, 23 de dezembro, os Titãs encerraram no Allianz Parque em São Paulo a turnê Encontro: Pra Dizer Adeus comemorativa dos 40 anos de carreira, batendo mais um recorde de público com um estádio lotado por cerca de 45 mil pessoas, muitos sucessos revisitados e histórias para contar.

Abrindo as apresentações da noite o Sioux 66 traz seu rock pesado, visceral, com influências no punk e no rock de linhas hard.

"Down the Line" traz os elementos do heavy metal bem pontuados pela precisa guitarra alta em distorção de Bento Mello (filho do Titã Branco Mello) e pelo baixo em doom, aliado à bateria em ágil cadência.

Digno de menção o poderoso vocal de Igor Godoi, em modulações precisas para "Show Me the Way" uma canção pautada no hard rock, repleta de atitude e ousadia expressas pela letra, apoiada pelo forte e consistente instrumental.

A progressiva "Joyce" começa com versos declamados na introdução, apresentando suas fortes influências no rock rural 70's, extraindo sonoridade única dos violões de aço e do teclado em tonalidades etéreas. Bom momento da apresentação.

Subindo ao palco por volta das 20h40, ao som de uma modernizada versão para "Diversão", flertando abertamente com o pop determinado pelos sintetizadores de Sérgio Brito, trazendo inspirada interpretação de Paulo Miklos no vocal, os Titãs já iniciam a apresentação com a execução de um grande clássico.

Para "Lugar Nenhum", o baixo contundente de Nando Reis, auxilia a manutenção do andamento bem aliada à bateria perfeita de Charles Gavin, apoiando toda a visceralidade e ousadia do vocal de Arnaldo Antunes. Amazing!

Para a icônica "Desordem", mais uma performance vocal repleta de atitude de Sérgio Brito, permeada com charme pela guitarra de Tony Belloto, que em junção com o afretado da bateria e o baixo em dub trazem mais um especial momento do show.

Em "Tô Cansado", mais um especial momento do show na interpretação cheia de energia e garra de Branco Mello, que apoiado respeitosamente no vocal pelo público e por seus parceiros trouxe à baila um dos grandes sucessos da carreira da banda.

Após a execução da sempre polêmica e ácida "Igreja", surge o hit "Homem Primata", seguida pela crítica "Será Que É Isso Que Eu Necessito?", em versão fidedigna à original.

Para "Nem Sempre se Pode Ser Deus", mais um momento especial que rememora os primórdios da carreira, seguido pela pop "Estado Violência", que apresenta elementos da sonoridade retrô 70's no andamento expresso pela bateria e pela linha melódica adotada pelo baixo.

Mais pontos altos do show surgem na execução de "Pulso" e "Comida" sempre perfeitas na interpretação clássica e irreverente de Arnaldo Antunes... Amazing!

Em uma nova roupagem mais pesada e densa a poderosa vinheta "Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas" surge antecedendo e abrindo espaço para a execução de "Nome Aos Bois" e "Eu Não Sei Fazer Música".

Rememorando a fase mais crítica e ácida da carreira, surge a execução da icônica "Cabeça Dinossauro", canção que marcou toda uma geração que tinha muito a dizer no final dos anos 80.... Mais um grande momento com o incrível solo da bateria de Gavin, muito bem pontuada, em cadência e agilidade ímpares.

Após a exibição de vídeo com bons momentos da banda ainda na juventude e nos primeiros anos de sua longeva carreira, a apresentação caminha para uma seleção de canções em versão acústica.

Iniciando este momento mais intimista da apresentação com a execução de "Epitáfio", e a participação especial de Liminha (ex-Mutantes) nas guitarras e violões em substituição ao falecido Marcelo Frommer, em mais uma inspirada performance de Sérgio Brito no vocal e nos harmoniosos teclados, surge mais um grande ponto de sinergia palco/ plateia, com o coro uníssono dos presentes entoando entusiasticamente os versos dessa belíssima canção. Emocionante!

Mais um grande sucesso "Os Cegos do Castelo" é interpretado com grande emoção e maestria por Nando Reis, em voz e violão de aço, suavemente acompanhado pela bateria de Charles Gavin.

"Pra Dizer Adeus", traz os belíssimos arranjos do teclado emoldurando o vocal firme de Paulo Miklos, em uma balada que traz o andamento ralentado de um moderno bolero, ascendendo no magnético e reflexivo refrão. Great!

Trazendo para participação especial Alice, a filha de Marcelo Frommer, interpreta "Toda Cor" e "Não Vou Me Adaptar" dividindo os vocais com Arnaldo Antunes, em uma suavizada versão reggaeira.

Após a apresentação e homenagem ao instrumentista Liminha, que realizou toda a parte das cordas que caberiam a Frommer na porção acústica do show, surge a execução da clássica "Família".

Trazendo o descontraído e impecável sax tenor ska de Miklos para a inspirada "Querem Meu Sangue"(versão para "The Harder They Come" - Jimmy Cliff) ágil e divertida no festivo andamento e cadência empregados, na sequência surge mais um importante momento em "Go Back".

Emendando mais um cover de sucesso "É Preciso Saber Viver" (Roberto Carlos), em mais uma inspirada performance vocal de Paulo Miklos, para na sequência a guitarra potente e envenenada de Tony Belotto determinar o tom para "Domingo", apoiada pela exímia bateria e pelo brilhante baixo. Great!

Além desses sucessos, outros grandes hits como "Flores", "32 Dentes", "Televisão", "Polícia" e "Bichos Escrotos" surgem na apresentação.

Para o momento do bis e encerrando esta festiva noite e tour de encontro, gratas surpresas como "Miséria", "Marvin" e a canção "Sonífera Ilha", que os lançou ao estrelato, são executadas, encerrando com maestria esta grande noite. Pra dizer adeus, custamos a crer... Torçamos para que seja um breve até logo!


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