Helloween + Hammerfall em São Paulo
Publicada em 10, Oct, 2022 por Marcia Janini
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No último fim de semana, dias 08 e 09 de outubro, as bandas Helloween e Hammerfall realizaram apresentação no Espaço Unimed, em São Paulo.
Subindo ao palco por volta das 18h30 e abrindo as apresentações da noite, a banda Hammerfall traz mais um show de sua tour Hammer of Dawn.
A introdução densa, inspirada na sonoridade medieval, ambienta o espaço para a execução de "Brotherhood". Em uma verdadeira avalanche sonora, a progressão da bateria, desempenha um belíssimo trabalho, em resposta ao vocal inspirado de Joacim Cans.
Para "Any Means Necessary", uma melodia de andamento cadenciado com acentos no metal progressivo, traz no afretado da percussão e nos poderosos riffs da guitarra melódica de Oscar Dronjak em conversões perfeitas, mais um bom momento do espetáculo.
Agilidade e técnica ímpares na execução de "The Metal Age", onde às rascantes guitarras aliam-se a bateria firme, de andamento constante. Baixo em doom de Fredrik Larsson realiza o contraponto. Nota para a performance vocal, em solfejos e vocalizes complexos, explorando tessituras agudas.
Canção título da tour "Hammer of Dawn" traz no andamento em crescendo e nos acordes diferenciados, que explora certa tendência ao épico, mais um bom momento do show. Ao instrumental que remete ao marcial, por meio dos tambores encadeados da bateria de David Wallin, aliam-se os brados do coro e as guitarras em variações dinâmicas vertiginosas, traduzindo à canção ares de grande hino. Denso, teclado em acento ethereal traz ainda maior peso à composição. Great!
Em "Blood Bound", mais uma canção de grande impacto, com instrumental grandiloquente repleto de variações dinâmicas, indo da suavidade das estrofes à explosão do refrão, onde o baixo em doom alia-se à bateria, auxiliando na manutenção da cadência.
Deliciosamente dissonante, a introdução para "Last Man Standing" traz o precioso solo da guitarra dedilhada de Dronjak, um em intenso diálogo com a bateria frenética de Wallin, em mais um grande momento do show. Repleta de breaks estratégicos, a melodia segue com guitarras rascantes e cadenciado na bateria. Amazing!
Após o belíssimo e dinâmico medley de hits da banda com excertos de "Hero's Return/ On the Edge of Honour/ Riders of the Storm/ Crimson Thunder", numa explosão de energia, muito bem representada pelas guitarras rascantes de afinação alta em palhetadas vigorosas, surge "Let the Hammer Fall", mais uma icônica canção da banda, marcando mais um intenso momento de sinergia palco/plateia.
Dinâmica "(We Make) Sweden Rock" traz a vitalidade do heavy metal, em uma estrutura sonora clássica, para mais um ponto alto do show.
Além destas canções "Hammer High" e "Hearts on Fire" também constaram do setlist, para delírio dos fãs. Great!
Subindo ao palco por volta das 20h00, o Helloween, em mais um show da turnê United Forces, inicia sua passagem pelo palco com a execução de "Skyfall", uma canção dinâmica, de andamento frenético, bem pontuada pela bateria de Dani Löble que alterna entre cadenciados, ruflares dos tambores e cadência vertiginosa. As guitarras rítmica e melódica desenvolvem um trabalho incrivelmente técnico, explorando cromatismos e arranjos preciosos, aliados ao potente baixo. Grande performance já no início da apresentação!
Para a pesada "Eagle Fly Free", mais um petardo sonoro na bateria frenética em evoluções potentes... Guitarras e baixo de Markus Grosskopf em correspondência emolduram o brilhante vocal de Andi Deris, que explora tessituras altas e intensos agudos... Amazing!
Na execução do grande clássico "Mass Pollution", mais uma performance arrebatadora da banda, onde ao instrumental técnico se aliou a intensidade do vocal, em agudos viscerais. Riffs rascantes da guitarra rítmica de Sascha Gerstner se aliam ao baixo em dub e à bateria alquebrada, auxiliando a manutenção da cadência frenética... A guitarra melódica de dedilhados ágeis de Michael Weikath traduz toda a energia e vitalidade heavy em belos cromatismos.
Rascante, a guitarra rítmica dá o tom introdutório para a intensa "Future World", entoada em uníssono pelo público, em um dos grandes instantes de sinergia palco/plateia. Cadenciada, a bateria mantém o andamento linear, recebendo a ágil resposta das guitarras melódica e rítmica, explodindo em dedilhados ágeis de grande complexidade técnica.
Poderosa como seu título indica, a canção "Power" apresenta mais um grande momento do instrumental, onde se aliam às guitarras encadeadas a firme condução da bateria cadenciada, em conversões precisas. Fraseado vocal intenso de Michael Kiske, incita o coro de vozes, em um grande hino de celebração ao rock. Importante momento da apresentação.
Após execução de "Angels" e excerto de "Walls of Jericho" em playback, surge o bem pontuado medley mais que especial de Kai Hansen entre "Metal Invaders/ Victim of Fate/ Gorgar/ Ride the Sky" em uma inspirada performance. Elementos de outras sonoridades pertencentes ao mundo do rock, como o darkwave, o eletro e o doom metal, surgem entre as linhas melódicas, traduzindo momentos únicos da enorme criatividade e talento dos integrantes da banda. Intenso!!!
Em instante mais intimista do show, ainda performado por Hansen em seus agudos cristalinos e intensos, "Heavy Metal (Is the Law)" (1985), apresenta momentos únicos da apresentação, pois além de ser um dos grandes clássicos da primeira fase da carreira da banda, conta com todo um trabalho instrumental diferenciado, onde as técnicas dissonâncias e breaks estratégicos de apoio ao refrão emolduram com propriedade o vocal único de Kai Hansen.
Após o brilhante e intenso solo das guitarras em agilidade e intensidade, na finalização da sequência interpretada por Hansen, surge a belíssima balada "Forever and One (Neverland)", em um dos momentos mais suaves da apresentação.
Sacha Gerstner brinda os presentes com seu intenso solo, retirando da guitarra acordes e sonoridades ímpares, numa exibição de técnica, talento e carisma. Impactante!
Na sequência a descontraída "Best Time" flerta com sonoridades pop, trazendo uma canção linear, de formato clássico, muito bem pontuada pelas perfeitas conversões da percussão de Löble, sempre impecável e firme. Great!
Outro grande momento surge na execução do sucesso "Dr. Stein", mais um grande clássico da carreira da banda, seguida por "How Many Tears", encerrando a brilhante apresentação.
Para o momento do bis, outros hits de sucesso foram reservados, como as canções "Perfect Gentleman", "Keeper of the Seven Keys" e "I Want Out". Espetacular!!!!
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