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Bohemian Rhapsody: Onde o Rock Se Entrelaça ao Erudito

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Publicada em 31, Jan, 2020 por Marcia Janini


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Na noite da última quinta-feira, 30 de janeiro, o Espaço das Américas em São Paulo recebeu a Orquestra Sinfônica Petrobras para mais um concerto da celebrada tour "Bohemian Rhapsody", que traz em seu repertório grandes sucessos da banda inglesa Queen, constantes da trilha sonora do filme homônimo, que conta a história da banda desde sua formação até o encerramento de suas atividades em decorrência do falecimento de seu frontman Freddie Mercury.

Sob a direção artística de Isaac Karabtchevsky e a batuta firme e competente do maestro Felipe Prazeres, os 46 músicos interpretaram os hits de Mercury, May, Deacon e Taylor, contando com os preciosos arranjos e adaptações de Alexandre Caldi e Itamar Assiere, em um espetáculo de rara beleza e técnica.

Após sucinta introdução levada a termo pelo maestro, apresentando alguns músicos e seus respectivos instrumentos de forma didática para que mesmo os leigos pudessem aproveitar ao máximo o espetáculo, o forte ataque da tuba trouxe os acordes iniciais de "Another One Bites the Dust", desenvolvendo diálogo quente com os arpejos das cordas comandadas pelo violino preciso de Ricardo Amado, permeados com graça e descontração pela percussão.

Para "Here I Am" a presença marcante do oboé em correspondência com o pizzicato das violas, ascendendo em vertiginosa variação dinâmica determinada pela forte percussão de Lino Hoffmann Filho, suavemente é acompanhada e introduzida pelos carrilhões.

"Don´t Stop Me Now" traz a doçura do clarinete introdutório em lânguido movimento da melodia, que evolui em frenético andamento determinado pelos potentes metais, desenvolvendo dinâmica em surpreendentes ataques e belíssima finalização! Great!

Divertida e descontraída, surge a introdução para "Radio Ga Ga", já sem o prelúdio eletrônico que pontua a versão original da melodia. Também na porção média, percebemos o impactante trabalho dos arranjadores, traduzindo para a sonoridade orquestral, com propriedade, vigorosa variação ao tema, endossada pelo contrabaixo de Ricardo Cândido. Amazing!

Trazendo o groove pop para "Under Pressure", bem determinada pelo contrabaixo em dub no diálogo com os afinadíssimos e jazzísticos trompetes de Nelson Oliveira e David Alves, acompanhados com firmeza pela caixa clara, saboreamos mais um delicioso momento da apresentação. Great!

Após a explosão dinâmica para "Keep Yourself Alive", onde as madeiras deram todo o seu brejeiro e alegre toque às conversões, a delicada tessitura explorada para a suave "Who Wants To Live Forever" apresenta momento solene na apresentação, apoiada pela intensidade dos metais no segundo movimento da melodia. Lindo e emocionante ponto do espetáculo!

Apoiando-se em características jazzísticas das big bands, o rockabilly repleto de do-wop para "Crazy Little Things Called Love" surge como um dos mais descontraídos momentos da apresentação, com intensa participação do público, para o impressionante e perfeito trabalho do naipe dos metais!!!

Após a apresentação do rock sinfônico "Bohemian Rhapsody", trazendo toda a pompa e circunstância do erudito para a ousada melodia que apontou novos rumos para o hard rock na década de 1970, surge com todo o seu hipnótico brilhantismo o hit "I Want To Break Free", em mais um importante momento do show, que apresentou nas melífluas tessituras exploradas pelos trompetes a genialidade por trás da melodia inovadora aos padrões da época, fundindo elementos tão díspares como o rock e o eletrônico em andamento próximo ao bolero latino. Apaixonante!

Em mais um momento de beleza ímpar na apresentação a balada "Love of My Life" surge em doces acordes das cordas, no lindo diálogo com as madeiras, comandadas pelo oboé de José Francisco Gonçalves. Em posterior momento, mais uma importante ação dos metais auxilia a ambientação em crescendo para o segundo movimento da melodia.

Em pizzicatos introdutórios, as cordas vibram marcando a pulsação para "Killer Queen" onde a força do belo arranjo para clarinete, conduzido por Cristiano Alves, transcende em inspiradas evoluções. Na manutenção da cadência, mais uma vez os metais desempenham papel fundamental, em contraponto à percussão. Digno de nota!

Mais um lindo momento surge na execução da balada "Somebody to Love" que ganha os ares com trompetes e trombones inspirados, permeados pela beleza das trompas. Sustentando a força do refrão e as conversões, em variações dinâmicas bem pontuadas, as cordas surgem com vigor e agilidade.

Depois da rápida e divertida "We Will Rock You", surge "You Are the Champions", conduzindo a apresentação para seus instantes finais.

Encerrando a noite, "Bohemian Rhapsody" é novamente executada, desta vez contando com uma maior participação do público, norteada pelas indicações do regente, coroando de êxito o espetáculo.


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