Capital Inicial: Turnê Sonora em São Paulo
Publicada em 11, Jun, 2019 por Marcia Janini
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Na noite do dia 8 de junho o Credicard Hall recebeu mais um show da turnê Sonora da banda Capital Inicial.
Cheio de energia e vitalidade, Dinho Ouro Preto e banda brilham na sequência das canções iniciais apresentadas, que constam do mais recente trabalho, em letras ácidas e melodias viscerais, trazendo no universo hard rock das dinâmicas composições grande peso e valor estético.
Iniciando a apresentação com introdução dançante na cadência moderna do electro, a banda sobe ao palco ao som da explosiva "Velocidade", trazendo no andamento rápido desenvolvido pela bateria de Fê Lemos e nos riffs alucinantes das guitarras de Yves Passarell e Fernando Carelli elementos da sonoridade punk, em uma composição arrojada.
Na sequência, o cadenciado bem pontuado da melodia de "Tudo Vai Mudar" aliado aos potentes riffs das guitarras em distorção, repletas de cromatismos de grande efeito estético, determina um bom momento da apresentação.
Rascantes na introdução, as guitarras de Passarell e Carelli ascendem em vertiginosos glissandos para "Invisível". Trazendo deliciosa aura western nos arranjos, com o baixo de Fávio Lemos em dub aliado aos potentes dedilhados da guitarra melódica nas conversões ao refrão, a canção determina mais um ponto alto da apresentação.
Após a execução da descontraída "Depois da Meia Noite", surge a vibrante "Quatro Vezes Você" com introdução que remonta ao rockabilly aliada à bateria cadenciada e ao baixo de Lemos em dub, que no contraponto pontua com energia o andamento constante. Great!
Dando prosseguimento à apresentação, a sequência de clássicos "Independência", "Todas as Noites", "Tudo Que Vai" e "Leve Desespero", surge incendiando o público, em um dos momentos de maior sinergia, onde a platéia entoou as letras em uníssono, em total correspondência com a banda. Amazing!
Urgente, apaixonada "Como Se Sente" traduz o peso e dinâmica do hardcore em uma canção de andamento constante, com a presença marcante do teclado de Robledo Silva permeando a melodia, em diálogo com as guitarras, traduzindo maior densidade aos refrões.
Generosamente Dinho divide os vocais e Robledo a condução dos teclados com Yasmin, uma jovem fã da banda, ousada, segura e talentosa, de timbre doce, para a execução de "Não Me Olhe Assim".
Em momento introspectivo "Só Eu Sei", na letra repleta de reminiscências e caráter biográfico, traz andamento ralentado de aura densa, permeada com precisão pelos arranjos de notas suspensas do teclado, antecedendo a reflexiva "Olhos Vermelhos" que mantém a aura intimista nesta porção do show.
Após mais um hit, na execução da clássica releitura de "Primeiros Erros" (Kiko Zambianchi), surge a execução de "Não Olhe Pra Trás", com sua emblemática letra que realiza trocadilhos entre frases e jargões de uso coloquial.
Já em sua parte final, o espetáculo traz a homenagem a Renato Russo e sua Legião Urbana com "Tempo Perdido", além dos grandes clássicos do início da carreira (como Aborto Elétrico) nas execuções de "Música Urbana", "Fátima", "Veraneio Vascaína" e "Natasha", encerrando com "À Sua Maneira", um dos sucessos da fase mais recente da banda.
Encerrando o espetáculo, surge o inspirado medley entre "Seja o Céu"/ "Fogo"/ "Que País É Esse?"/ "Mulher de Fases", coroando de êxito a memorável apresentação.
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