Capital Inicial Acústico em São Paulo
Publicada em 11, Sep, 2016 por Marcia Janini
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Na noite de sábado, 10 de setembro, o Capital Inicial apresentou-se no Espaço das Américas em mais um show da turnê "Acústico NYC", para público de aproximadamente 6 mil pessoas.
Iniciando a apresentação com a suave e reflexiva "Ressurreição", seguida pela descontraída "A Mina" a banda traduz nos arranjos elaborados e nas letras bem construídas o amadurecimento de um trabalho que mostra na junção com seu estilo característico variadas nuances de sonoridades extraídas do pop rock da atualidade, em composições de alta qualidade estética, mantendo a simplicidade das formas, sem parecer minimalista.
A balada "Mais", outra das canções de trabalho do novo álbum da banda traz no instrumental cadenciado o delicioso swing das baladas pop, aliadas à delicada letra, introspectiva e rica em versos incomuns, onde a poética de linhas clássicas encontra deliciosamente a modernidade.
"Depois da Meia Noite" antecede "Como Devia Estar", belíssima em seus arranjos que remontam ao soul, determinadas pelo teclado em vigorosos acordes de notas suspensas e pelo fraseado vocal de Dinho, em modulações precisas.
O rockabilly expresso em "Doce e Amargo", onde a bateria cadenciada constrasta com a energia e agilidade da guitarra remonta aos primórdios da carreira da banda, em arranjos simples, porém de grande efeito. Bom momento do show!
Em "Respirar Você" a introdução suavemente acompanha o vocal, cadenciado e repleto de atitude na letra urgente, em uma composição genialmente dividida entre a sobriedade das palavras e a efusão do instrumental em crescendo.
A linda "O Lado Escuro da Lua", expressa todo seu valor estético baseada na simplicidade dos arranjos de notas solapadas da guitarra e conversões perfeitas da bateria, firme e constante, surge como mais um excelente momento do show.
Resgatando uma composição da antiga safra de sucessos da banda, a execução da impecável "Olhos Vermelhos" revela mais um importante momento da apresentação, onde a sinergia palco/platéia atinge um de seus ápices. O perfeito instrumental apóia primorosamente a inspirada interpretação de Dinho Ouro Preto, repleta de atitude e frescor.
Trazendo elementos western na introdução, ascendendo para sonoridade urban, a emblemática "Cristo Redentor" traz nas guitarras de arranjos distorcidos repletas de cromatismos a densidade característica do punk rock nacional brasiliense. Great!
"Não Olhe Pra Trás" nas reminiscências da boa letra e na melodia de arranjos simples, deixa entrever no fraseado da melodia suas influências no hard rock clássico, onde a bateria alquebrada sustenta com elegância as conversões ao refrão, permeadas pelo excelente instrumental.
No repertório do show, constaram canções como "À Sua Maneira", "Quatro Vezes Você" e as clássicas "Música Urbana", "Independência" e "Veraneio Vascaína".
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