The Offspring, Dead Kennedys e Anti Flag no Espaço das Américas
Publicada em 04, Sep, 2016 por Anderson Lisboa
Clique aqui e veja as fotos deste show.
O Musicão marcou presença na última quinta feira no festival Rock Station, em um formato um pouco diferente do usual: Um show na quinta feira e com bandas de diferentes gerações.
Infelizmente, não conseguimos chegar a tempo de ver o show da primeira banda a se apresentar, a Dona Cislene, por isso pedimos desculpas.
Pontualmente, sobem ao palco às 20h40 os norte americanos do Anti Flag. A banda segue uma linha mais panfletária, misturando protesto e diversão ao longo do show. Os caras interagem com o público o tempo todo, e mesmo percebendo que a galera estava ali mesmo pelo Offspring, conforme as músicas iam rolando, eles iam conquistando a galera com a participação incansável do baixista, que a todo momento chamava o público a participar. E como cereja do bolo, fizeram um cover do The Clash, “Should I Stay Or Should I Go”. Bom show!
Na sequência, foi a vez dos veteranos do Dead Kennedys, banda lendária do Punk Rock que há muitos anos permanece na estrada sem Jello Biafra, o vocalista original. Ainda assim, a banda já fez shows muito elogiados aqui no Brasil. Foi um pouco diferente dessa vez.
Logo na primeira música, algum problema técnico interrompeu a apresentação e isso parece que esfriou público e banda, que apesar do arsenal de hinos punks como “Nazi Punks Fuck Off”, “Police Truck” e “Kill The Poor”, não conseguiu efetivamente levantar o público predominantemente jovem e que claramente não conhecia muito do Dead Kennedys. Exceto por “California Uber Alles”, uma das músicas mais icônicas da história do punk, onde a galera agitou e cantou o refrão com o esforçado vocalista Ron Greer. Este que, aliás, não agradou muito com comentários sobre nossa situação política. Apesar de todos os desafios, o show foi encerrado com aplausos de um público que estava ali pra ver o Offspring, mas que também ficou satisfeito por ter adicionado uma banda lendária e muito respeitada ao currículo.
Após um tempo maior para a preparação do palco, por volta das 23h30 sobe ao palco a banda mais esperada da noite: O The Offspring!
O Offsping está na ativa desde o início dos anos 90 como uma das pioneiras do hardcore melódico da época, e figurava como a maior banda da Epitaph até que em 1999 obteve um sucesso estrondoso com o álbum “Americana”. E até hoje a banda se mantém tocando para públicos enormes e em grandes festivais.
E o sucesso que a banda obteve não foi a toa. Logo de cara, o Espaço das Américas veio abaixo com “You’re Gonna Go Far, Kid”.
O show seguiu com blocos que mesclavam diferentes fases da banda, formato interessante que agradou tanto aos fãs antigos, como é o meu caso, quanto aos fãs das fases mais recentes que cantavam o tempo todo formando um coro com o simpático vocalista Dexter Holland, que em algumas músicas apenas cantava, e em outras empunhava a guitarra ou violão.
Destaque para “All I Want”, “Bad Habit”, “Why Don´t You Get a Job”, “Pretty Fly (For a white guy)” e “The Kids Aren´t Allright” que proporcionaram momentos de catarse com as rodas comendo soltas entre a molecada e a maravilhosa “Self Esteem” para fechar um show muito bem executado do início ao fim.
No saldo da noite, o público saiu feliz por ter visto ali 3 gerações diferentes do punk rock, o que prova que as coisas se renovam de maneira muito positiva. E a organização do festival está de parabéns, pela qualidade do serviço e por proporcionar esse encontro a público e bandas.
|