Noite de Metal Sinfônico: Stratovarius em São Paulo
Publicada em 16, Feb, 2016 por Marcia Janini
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Na noite da última sexta-feira, 12 de fevereiro os finlandeses do Stratovarius sobem ao palco do Carioca Club às 20h00, para mais um show da "Eternal World Tour".
Iniciando a apresentação com a vigorosa "My Eternal Dream", faixa de trabalho do seu mais recente trabalho, uma canção repleta de variações dinâmicas, riffs de guitarra virtuosísticos e arranjos poderosos, a apresentação já inicia com grande ponto de comunicação palco/platéia.
De estrutura melódica mais simples, nem por isso menos importante, "Eagleheart" de andamento frenético na introdução, surge com bem pontuada bateria cadenciada, traduzindo à melodia constância e equilíbrio, num contraponto perfeito à guitarra de arranjos suavizados. Os teclados auxiliam na composição da aura festiva da melodia, trazendo acordes que remontam ao medievo, em notas suspensas de grande densidade.
Trazendo elementos do hard rock na introdução, o hit "Phoenix" surge como um dos principais momentos da performance vocal de "Lost Without a Trace", com seu timbre vocal único, de grande extensão e qualidade técnica. Cadenciada, a bateria na conversão ao refrão emoldura com os tambores célticos a suavidade da guitarra que explora riffs doces e de intrincada construção.
De introdução densa, o sucesso "SOS" marca outro ponto alto da apresentação, explorando nos teclados as notas graves em etérea suspensão, apoiando a força do vocal. Cadenciada a bateria realiza impecável condução, determinando pulsação diferenciada ao andamento. A guitarra explode em acordes de grande complexidade técnica, atingindo notas altas em total harmonia com o baixo em dub. Perfeito!
Grata surpresa à apresentação, o solo do baixo de Lauri Porra surge majestoso, temperado com tons que variaram da música popular, às tonalidades clássicas, passando pelo jazz e acentos latinos. Incrível destreza e perícia!
Explorando aura moderna, com esparsos elementos pop mesclados ao hard rock, determinando maior dinamismo e fluidez à melodia "Paradise" surge como mais um bom ponto de sinergia dos músicos com seu público.
"Against the Wind", explorando a cadência afretada do power metal, traduz na interpretação vocal toda a energia de uma bem construída melodia, por meio das poderosas modulações de Timo Kotipelto em mais um importante momento do show.
Traduzindo na introdução a aura medieval dos cantos gregorianos de forma grandiloquente a emoldurar a melodia, "The Lost Saga" apresenta nos frenéticos acordes da guitarra e na explosão sonora da bateria em dissonâncias vertiginosas dos bequadros toda a genialidade e ousadia desses exímios músicos. Adotando estrutura progressiva, a mini suíte ainda contou com inspirada interpretação vocal na finalização. Impactante!
Após o precioso solo do teclado de Jens Johansson, repleto de cromatismos e arcadismos formais, explorando a sonoridade do baixo medievo, surge a introdução da poderosa "Black Diamond" traduzindo a tonalidade metálica do cravo, fundindo o antigo e o moderno com grande propriedade, graça e ousadia. Mais um maravilhoso momento do show.
Suavizando um pouco a frenética apresentação "Unbreakable" traduz momento descontraído ao show, onde o público interage com seus idolos de forma mais leve, solta.
Para o momento do bis, grandes clássicos como "Forever", "Speed of Light", "Shine in the Dark" e "Hunting High and Low" foram reservados para deleite dos fãs, encerrando com brilhantismo a apresentação.
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