30 Anos De Paralamas Em São Paulo
Publicada em 03, Nov, 2013 por Marcia Janini
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Em mais um show da turnê comemorativa de trinta anos da banda, o Paralamas do Sucesso sobe ao palco do Credicard Hall por volta das 22h30.
Com aparato cênico elegante, composto de telão ciclorama, que exibiu durante todo o espetáculo imagens entre fotos de arquivo, trechos dos clipes musicais e de apresentações; além de bem elaborado esquema de iluminação, com simplicidade e charme ambientou o bem conduzido show.
Após a vinheta introdutória, pautada no afinadíssimo duo de metais, em sonoridade rumbeira, "Alagados" surge descontraindo, em clima festivo, explorando ótimos recursos modernizadores na percussão, em arranjos novos para este grande clássico.
"Carro Velho" swingada e divertida, explora toda uma aura latin urban, na cadência contagiante do merengue, mais uma vez representado pelos incríveis metais. Na finalização a fusão com o samba para arrematar.
Trazendo sonoridade bem próxima do sambalanço de Ben Jor, com elementos latinos na junção com o rock e o jazz, a bem humorada "Bora Bora", traz primorosa finalização, mesclando a elegância de vertentes clássicas do black como o jazz e o R&B com elementos modernos do pop rock.
"Patrulha Noturna" surge em um medley gostosíssimo que privilegia clássicos do início da carreira nos anos 80. Compondo este importante momento retrospectivo, "Cinema Mudo" e "Ska" surgem em versões fidedignas, com pequenas variações nos arranjos.
Os acordes em dub do clássico "Selvagem" na cadência do reggae surgem na fusão com o rock da guitarra distorcida conduzida por Herbert Viana com excelência. "Polícia" (clássico dos Titãs) surge como canção incidental, trazendo bom diferencial na execução desta canção.
"Whola Lotta Love" surge como canção incidental para "O Calibre", que surge revisitado, com maior peso na dinâmica, pautada no hard rock. Explorando o mesmo vigor e atitude, "Mensagem de Amor" surge em uma inusitada e por isso surpreendente e contagiante versão punk rock. Fantástico, dos momentos mais roqueiros da apresentação!
Em versões fidedignas às originais "Cuide Bem do Seu Amor", "De Perto" e "Busca Vida" traduzem outro grande momento do show, dedicado às baladas que representaram alguns dos maiores hits da banda nos anos 90. Belíssimo momento individual de João Barone na bela finalização deste bloco!
Com seu charmoso ar retrô de influências na bossa nova, a balada pop "Me Liga" seguida por "Como Uma Onda" (clássico imortalizado por Lulu Santos), "Saber Amar", "Romance Ideal" e "Quase um Segundo", com incrível participação do teclado para o clássico regravado com grande propriedade por Cazuza, encerram importante momento que privilegiou as baladas clássicas da fase 80´s da carreira da banda. Um dos momentos mais marcantes de Herbert Viana durante o espetáculo, esbanjando carisma em seu timbre vocal diferenciado.
"Meu Erro" surge em versão equânime à original em mais um momento de descontração do show. Mais um brilhante momento da bateria de João Barone, emoldurada com brilhantismo pelo duo de metais na finalização.
A divertida, clássica e descontraída "Óculos", com arranjos modernizados e pautados na rumba latina na finalização, um dos primeiros grandes sucessos do Paralamas, fica a encargo de um dos momentos mais felizes da apresentação, apresentando bela performance de Bi Ribeiro.
Lindamente interpretada, "Lanterna dos Afogados" traduz um dos melhores momentos na performance do sax tenor em fusão com os acordes doces e suaves do teclado em tonalidade piano... Perfeito!
"Na Pista", seguida por "Ela Disse Adeus" (muito bem pontuada pelos ótimos arranjos do trompete) em versões iguais às originais, na deliciosa cadência do ska, com andamento suavizado, também apresentam bons pontos da apresentação.
Homenageando Tim Maia, o soul e grandes clássicos da música popular brasileira, neste bloco são executadas algumas das boas regravações de canções de outros grandes nomes da música nacional realizadas pela banda no decorrer da carreira. "Você" tendo "Gostava Tanto de Você" como canção incidental surgem em versão reggaeira, seguidas por "A Novidade" de Gilberto Gil. Na sequência, a divertida "Convés" arremata mais este bom momento do show.
"Uma Brasileira", "O Beco" e "Lourinha Bombril" também em versões fidedignas, abrilhantam mais um bom trecho do show, emoldurado com extrema precisão técnica pelo brilhante duo de metais.
Para o momento do bis, foram reservados alguns dos grandes hits da banda como “Aonde Quer Que Eu Vá”, “Caleidoscópio”, “Vital e Sua Moto” e “Que País é Este?” encerrando com aura alegre e festiva mais um dos melhores shows do ano.
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