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Coberturas de shows

Rock responsável no Blackmore

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Publicada em 21, Apr, 2007 por Marcia Janini

Clique aqui e veja as fotos deste show.


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No dia 4 de abril, o Blackmore recebeu as bandas de rock Pleiades, Nutshell e Udora, que realizaram brilhantes apresentações. Demonstrando estilos bem variados, os grupos deram a tônica ao ambiente, contagiando e surpreendendo os presentes.

Primeira apresentação da noite, o Pleiades, apesar da pouca idade de seus integrantes, mostrou toda a atitude do novo rock mineiro, com canções que traduziram uma revisitagem fantástica ao estilo classic.

Nota para a espetacular performance da vocalista, de voz firme, modulada, inacreditável projeção e bela dicção, passeando magistralmente entre tonalidades graves e agudas com graça e leveza, além de possuir excelente integração com os demais integrantes e o público, num perfeito domínio de cena.

A condução precisa da bateria e as boas execuções de guitarra e baixo revelaram um pouco do enorme talento destes jovens adolescentes, recentemente descobertos num festival interescolar.

Realmente fantástica a execução de “Freedom”, de estilo classic rock com pitadas de progressivo, apresenta rica introdução de teclados. De andamento cadenciado e extremamente suave, demonstra grande verticalização e conversões cuidadosas em melodia cativante com letra inteligente e simples. Linda canção, sem rodeios ou maiores pretensões.

Outro grande momento da apresentação ficou por conta da excelente “Nobody Buy Me Earings”, de melodia poderosa, pendendo para a cadência do punk, numa perfeita mescla de estilos entre heavy, trash e death metal. Rica em variações polifônicas.

“Demons and Snakes”, magnífica construção baseada no heavy metal, com suaves pinceladas de death no refrão, apresentou grandes variações, verticalizações e quebras marcantes no andamento, tornando perfeitas as conversões sem cair na mesmice. Criativa e de grande qualidade estilística.

Além de canções próprias, a banda realizou também fidedignos covers de grandes clássicos, indo de AC/DC a Metallica, passando por Kiss. Magnífica apresentação.

Na seqüência, Nutshell apresentou rock nacional bem contemporâneo, com poderoso vocal e grandes instrumentistas, realizando belo espetáculo.

As canções “Sempre Assim” e “O Tempo” mostraram um pop rock enxuto, maduro, gostoso de ouvir sem grandes invenções. Letras elaboradas aliadas a andamento suave e excelente execução vocal, com projeção e modulações na medida certa determinaram grandes momentos do show.

“Entre o Bem e o Mal”, balada de introdução melódica, andamento lento e letra bem construída, densa, com abolição de rimas pobres, altamente reflexiva, revelou excelência e qualidade ímpares, em combinação com perfeita afinação vocal e impecável dicção. Estes fatores resultaram numa belíssima composição. Primorosa!

“Entorpecer” e “Resto”, igualmente belas, apresentaram ritmo mais swingado, traduzindo ao pop influências do reggae e surf rock, numa tonalidade dub.

Com cadências viajantes, contagiantes, demonstraram elementos de grandes hits. Leves, entretanto, longe do maçante, verticalizam nas conversões e nas muitas variações de acordes. Sensacional!

Encerrando as apresentações da noite, a excelente banda Udora, em retorno ao Brasil, traduziu interessante fusão de estilos e referências do classic rock, abrilhantando ainda mais a noite.

As canções “Pieces”, “Faith and Reason” e “Fade Away” possuem excelente construção poética nas letras e melodias de acordes preciosos, escalas bem mescladas, refrões polifônicos em total harmonia e grandes verticalizações nos pontos de congruência entre refrões e estrofes. Andamentos cadenciados, pontuados magistralmente pela bateria e guitarra contagiaram os presentes, brindando-nos com belíssimas canções.

Digna de menção a fantástica “Breathing Life”, que remete à sonoridade inglesa de finais dos anos 60, no melhor estilo <i>rock a billy</i>. Suave, de andamento levemente balançado é lindamente executada, possibilitando a demonstração de todo o talento e potencial do vocalista, com lindas modulações e afinação precisa. Maravilhosa!

“Drain” e “4D”, densas, com influências do indie e gothic, remetem ao post punk 80’s, com finalizações e fusões perfeitas entre os conjuntos de escalas, apresentando compassos interessantes, ricos em variações de tom. De andamento cadenciado, verticalizam do começo ao fim. Brilhantes e contagiantes, sem dúvida, as melhores canções executadas pela banda durante o show.

A banda apresentou também canções em Português, pontuando nova fase de sua já consolidada carreira. Nota para a cativante “Meu Pior Inimigo”, com riffs e andamento pontuados pela bateria que remetem ao rock nacional 80’s. Letra inteligente sem pedantismos, suave sem decair em entropia, além de revelar mais uma excelente performance do vocalista. Ótimo!

Leia as entrevistas com as bandas!
<a href='noticia.php?c=8&a=609&t=entrevistacomabandaudora'>Entrevista com a banda Udora</a>
<a href='noticia.php?c=8&a=608&t=entrevistacomabandanutshell'>Entrevista com a banda Nutshell</a>
<a href='noticia.php?c=8&a=607&t=entrevistacomabandapleiades'>Entrevista com a banda Pleiades</a>


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