Noite de clássicos atemporais celebra os 40 anos da carreira de Ritchie em São Paulo
Publicada em 08, Apr, 2024 por Marcia Janini
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Na noite do último sábado, 6 de abril, o cantor e compositor Ritchie celebrou os 40 anos de carreira e a passagem de sua irmã por terras brasileiras, com mais um especialíssimo show da aclamada turnê "A Vida Tem Dessas Coisas".
Iniciando a apresentação por volta das 22h00 a deliciosa "Seu Olhar", na cadência do rock com elementos indie nos arranjos dinâmicos dos teclados, surge abrindo a noite. Nota para o marcante diálogo entre bateria e teclado, tendo o poderoso baixo de Igor Pimenta em doom no contraponto.
Marcando mais um grande momento o hit que intitula a turnê, "A Vida Tem Dessas Coisas" surge em sua atemporal melodia que traz a base do nordestino baião no ralentado andamento em meio às guitarras roqueiras.
"Lágrimas Demais", na deliciosa cadência do pop rock, surge suavemente dançante, trazendo as belíssimas conversões da bateria de Luiz Capano em firme condução que emoldura com propriedade o refrão.
Para "A Mulher Invisível" mais uma impactante performance vocal de Ritchie, traduzindo todo o refinamento da diferenciada métrica em uma composição onde o grooveiro baixo explora, juntamente com o jazzístico sax tenor de Hugo Hori, tessituras e desenhos sonoros de grande efeito estético. Amazing!
Homenageando Rita Lee em sua fase Mutantes, "Ando Meio Desligado" surge em uma descontraída releitura, com estrofes traduzidas para o inglês, onde o andamento pop rock apresenta como diferenciais o poderoso solo do sax tenor de Hori na finalização e os teclados de notas suspensas de Eron Guarnieri permeando a constante melodia. Great!
Após a execução da belíssima e introspectiva "Loucura e Música", e da clássica "Shy Moon" surge a execução de "Saudade Sem Paisagem (Ela Jamais Virá)", uma melodia que traz em seu bojo os elementos de uma canção descontraída nos acordes solapados da guitarra de Renato Galozzi e na construção melódica simples, mas de grande teor estético.
A balada "Vôo de Coração", com os lindos acordes da guitarra em dedilhados intensos num diálogo primoroso com o sax tenor, que surgem apoiados pela exímia condução da bateria, indica mais um momento especial do show e da performance vocal de Ritchie, em complexas modulações, para seu timbre suave. Great!
Para mais um momento suavemente dançante da apresentação, surge a divertida "O Preço do Prazer" na cadência gostosa do rockabilly, com o sax tenor traduzindo aura jazzística à composição. Firme e em conversões nada óbvias, a bateria de Capano brilha na finalização.
Mais uma deliciosa melodia na cadência do twist "Telenotícias", canção de safra mais recente, traz a bateria em cadenciado constante, mantendo o andamento, com baixo em dub no contraponto, guitarra em riffs altos e todo o carisma do timbre levemente sensual de Ritchie... Grande momento do show!
Após rememorar o clássico noventista "Agora ou Jamais" (Tigres de Bengala), surge o inspirado cover para "Mercy Street" (Peter Gabriel), marcando dois instantes diferenciados na apresentação, revelando toda a versatilidade sonora e carisma deste grande intérprete.
Trazendo a deliciosa rumba caribenha, a ensolarada "Só Pra o Vento", marca ponto de descontração, com um Ritchie à vontade, brincalhão no palco, em momemto de intimidade e generosidade com o público. Ápice da sinergia!
Ovacionada e acompanhada pelas entusiasmadas palmas dos fãs, para o hit "Casanova" Ritchie conduz a flauta com maestria e brilhantismo, em um dos pontos altos da apresentação.
Na sequência, a sensual "Transas", mais um grande sucesso da carreira, apresenta mais uma inspirada performance vocal de Ritchie, em excelência da forma... encerrando a noite com a emblemática "Menina Veneno".
Para o momento do bis, mais gratas surpresas com as execuções de "Pelo Interfone" e "Um Homem em Volta do Mundo".
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