On the Prowl: Steel Panther em São Paulo
Publicada em 22, Oct, 2023 por Marcia Janini
Na noite da última quinta-feira, 19 de outubro, a banda Steel Panther, revisita com propriedade, carisma e irreverência o glam rock 80's em mais um show da turnê "On the Prowl", no Audio Club em São Paulo.
Iniciando o show às 21h00 ao som do grande hit "Eyes of a Panther", seguida por "Asian Hooker", uma melodia de andamento ágil onde as guitarras distorcidas se destacam em alucinantes riffs, já percebemos logo no início da apresentação um pouco da forte dinâmica da banda.
Após divertido e descontraído momento de interação com os fãs, a banda ataca os promeiros acordes de "Let Me Cum In", de andamento alquebrado explorado pela bateria de Stix Zadinia em conversões firmes, aliada ao baixo em doom no contraponto e à guitarra distorcida em intensos cromatismos no refrão, emoldurando o preciso vocal de Michael Starr, em modulações executadas com grande naturalidade. Generosamente, o simpático frontman convida uma das fãs para interagir no palco durante a execução da canção.
Suavizando um pouco a linear e dinâmica apresentação, surge "The Burden of Being Wonderful" uma balada com o delicioso acento pop na cadência desenvolvida pela bateria, em junção com a guitarra de dedilhados repletos de personalidade para a letra suave, brilhantemente interpretada pelo diferenciado vocal em drives de Starr. Amazing!
Em "Friends With Benefits" de andamento ágil na cadência do heavy metal, as guitarras em glissandos apoiam o forte refrão, onde o baixo preciso de Lexxi Foxxx determina a manutenção do andamento junto à bateria cadenciada em conversões nada óbvias. Bom momento da apresentação.
Após o impactante solo da guitarra de Satchel numa verdadeira aula de destreza instrumental, vislumbramos um pouco de seu enorme talento em cromatismos preciosos e glissandos intensos. Agilidade, perícia e técnica surgiram na explosão de semicolcheias e rascantes. Impressionante!
"Death to All but Metal", dinâmica e irreverente traz em seu bojo a força do power metal, no pesado instrumental, cheio de glissandos da guitarra e perfeitos acordes muito bem explorados pela linha de baixo, apoiando o potente vocal de Michael.
Para a icônica balada "1987", percebemos o intenso trabalho de pesquisa e execução sonora dos integrantes da banda, onde criativamente realizam uma perfeita releitura do glam rock 80's, sem abrir mão de uma deliciosa pitada de modernidade em uma melodia descontraída, simples e ao mesmo tempo de aura diferenciada, traduzindo atemporalidade à composição em mais um momento especial do show.
Após mais momentos de pura descontração na execução da improvisada jam session para "Ain't Dead Yet", "Impromptu Song for a Girl" e "Girl From Oklahoma", na gostosa e malemolente cadência country, com a participação de mais uma fã na interação de palco, o show caminha para sua finalização ao som de "Community Property", agora com a presença de várias fãs, que preencheram o proscênio em um inusitado coral, num momento muito bonito e de total sinergia palco/plateia, demonstrando o carinho e respeito da banda pelo público feminino. Genial!
Com intensas variações dinâmicas, mais uma melodia pautada no power metal "Party All Day (Fuck All Night)" encerra a divertida apresentação.
Para o momento do bis, foram reservadas canções como "Gloryhole", "Fat Girl (That She Blows)" e "Party Like Tomorrow Is the End of the World".
|