Todo o charme latino de Magal, em show que relembra grandes sucessos
Publicada em 01, Nov, 2021 por Marcia Janini
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Iniciando sua apresentação por volta das 10 da noite no dia 30 de outubro, com uma vinheta que remonta aos ritmos caribenhos traduzindo o forte apelo da percussão, Magal sobe ao palco do Tom Brasil ao som da vinheta introdutória jazzística para "Está Chegando a Hora" (Marcelo D2), seguida pela dançante versão para "Palco"(Gilberto Gil), acompanhado por seu corpo de baile, já trazendo momentos de grande descontração logo nos primeiros instantes da apresentação.
Na execução do grande hit "Tenho", Magal brilha na fusão entre o soul e os acentos do brasileiro baião nas conversões ao refrão, numa explosão de energia.
Numa nova versão, o clássico "Ciúme" (Ultraje a Rigor) surge na bem elaborada cadência do bolero, demonstrando um pouco mais da enorme versatilidade de Sidney Magal, que traduz toda uma apaixonada aura de seriedade à letra satírica. Genial e ousado, como só ele sabe ser!
Para "Caso Sério" (Rita Lee), nova roupagem na cadência vibrante e envolvente do groove, bem pontuada pelo duo de metais em resposta aos arranjos do teclado, magistralmente bem temperado, emoldurando a potência vocal de Magal, em interpretação precisa e intensa.
Mais uma versão descontraída e fluida surge na execução de "Entre Tapas e Beijos" (Leandro e Leonardo), traduzida na quente e dançante influência de ritmos caribenhos e latinos, como o calipso.
No medley de homenagem ao movimento da Jovem Guarda, surgem trechos das canções "Pode Vir Quente Que Eu Estou Fervendo/ Minha Fama de Mau/ O Bom/ Eu Sou Terrível", homenageando os grandes compositores populares Roberto e Erasmo Carlos e Eduardo Araújo, com acentos jazzísticos bem determinados pelo trompete apoiado pelo sax tenor. Na bateria cadenciada e no baixo em dub, a forte influência do soul surge com propriedade no instrumental.
Relembrando o início de carreira, traz o inspirado medley para canções de Tim Maia "É Primavera/ Você/ Acende o Farol/ Você e eu, eu e Você/ Descobridor dos Sete Mares/ Sossego" no delicioso acento black do soul/funk, representando toda uma geração. Great!
Para "Me Chama Que Eu Vou", a emblemática lambada, sucesso na década de 1990, traduz elementos modernizadores da dance music na introdução, para em seguida surgir com toda a força e energia fidedignas da época. Grande momento da apresentação!
No latino e envolvente medley "Cuando calienta el sol/ Piel Canela (Los Panchos)/ Nostalgias (Carlos Gardel)" surgem mais instantes importantes do show.
Após a emblemática "Um Brinde à Vida" parceria de Magal com o raper Rincón Sapiência, surge a deliciosa rumba "Pégate" (Ricky Martin), em mais uma porção intensa da performance individual de Magal.
Trazendo a bossa divertida do rock rural "Roupa Prateada" (Zé Rodrix) surge grandiosa, com novos arranjos dos metais e riffs poderosos da guitarra distorcida em afinação alta, em mais um grande momento da performance vocal de Magal, que explora modulações e tonalidades graves de sua potente voz... Amazing!
Após a execução de "Meu Sangue Ferve por Você", já caminhando para o final da apresentação, surge o hit "Sandra Rosa Madalena".
Encerrando a apresentação com a dançante e moderna versão sampleada no melhor estilo eletrônico para "Meu Sangue Ferve Por Você", com intensa participação do público, Magal finaliza esse espetáculo em tudo bem elaborado e bem cuidado, coroando de êxito a noite.
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