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O Amor no Caos: Zeca Baleiro em São Paulo

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Publicada em 04, Oct, 2021 por Marcia Janini

Clique aqui e veja as fotos deste show.


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Na noite do último sábado, 02 de outubro, Zeca Baleiro realiza mais uma apresentação de seu espetáculo "O Amor no Caos", tendo início por volta das 21h30 no Tom Brasil, em São Paulo.

A linda e introspectiva "Por Minha Rua" abre com singeleza e beleza ímpar a noite, acompanhada pela passional "Te Amei Ali"...

"Quase Nada", trazendo a deliciosa inserção no country bem emoldurada pela sonoridade marcante do violão de aço, tendo o baixo contundente de Fernando Nunes em contraponto, acompanhado pela firme condução da bateria em uma melodia arrojada e envolvente, encerra um dos mais felizes momentos da apresentação.

Após a execução do hit "Flor da Pele", surge a densa e ácida "O Desejo", traduzindo a fusão inteligente entre o fraseado vocal do rap e o peso do rock traduzido pelas rascantes guitarras de Tuco Marcondes no refrão. Repleta de interessantes trocadilhos, a letra traz velada crítica social, conduzindo à reflexão acerca de temas polêmicos da atualidade, em mais uma genial composição de Baleiro.

Para a romântica "Trova", mais uma magistral performance individual do baterista Kuki Stolarski, traduzindo ao andamento ralentado e cadenciado ligeira aura que remonta às canções populares da década de 1970, corroboradas pela força contundente dos teclados Hammond. Nos vocalizes e na interpretação de Zeca Baleiro, mais elementos baseados na sonoridade retrô fazem deste mais um momento especial da apresentação.

Na deliciosa cadência do pop "Meu Amor, Minha Flor, Minha Menina" surge trazendo uma lufada de frescor e vitalidade, por meio dos versos apaixonados e dos arranjos simples e sincopados da melodia, seguida por "Era Domingo", no contraste entre a letra delicada e o vigor das variações dinâmicas, bem exploradas pela brilhante condução da bateria em marcha nas finalizações, em meio aos riffs curtos da guitarra de Marcondes e notas suspensas e esparsas dos primorosos teclados de Adriano Magoo. Perfeito!

Em momento interativo do show, com a maciça participação do público, Zeca traz um belíssimo apanhado dos principais temas de abertura de novelas em versão voz e violão, no medley que envolveu "Coleção" de Cassiano, "Pra Que Vou Recordar o que Chorei" de Carlos Dafé, "Irmãos Coragem" de Paulinho Tapajós, "O Bem Amado" (Toquinho/Vinícius de Moraes) e "Pedras que Cantam" de Fagner.

A cadência gostosa do nordestino baião de "Ai que Saudade D'Ocê" traz o piano sincopado fazendo as vezes da sanfona e bateria alquebrada simulando com precisão a marcação da zabumba, em mais um momento delicioso e descontraído, na moderna versão para este clássico do cancioneiro nacional. Great!

Após sua versão para "Só Hoje" (Jota Quest), a linda "Sete Vidas" emoldurada pela magistral condução do piano de Magoo, traduz na letra e na inflexão vocal certa melancolia, em um momento de suave reflexão do show.

Para a execução da inédita "Respira", parceria entre Zeca e Chico César na composição, uma simples e singela performance individual de Zeca em voz e violão para em seguida em inusitado momento da apresentação, surgir a versão especial de Zeca para o descontraído "arrocha" de "Eu Já Peguei Coisa Pior" (Tierry)... Divertidíssimo!!!

"Ela Nunca Diz" traz a fusão de elementos extraídos do blues na cadência standard do charleston, em mais um momento feliz da apresentação, seguida pelos arranjos modernizados de "Às Vezes o Amor", uma melodia arrojada, que apresenta o contraste entre a suavidade da letra e a pujança dos arranjos, na cadência do pop rock, com esparsos elementos country.

Na cadência da soul music "Envolvidão" traduz nos arranjos do teclado de Adriano Magoo e nos efeitos dos sintetizadores uma melodia consistente, num delicioso groove aliada à sedutora letra. O fraseado vocal único e cheio de belas inflexões traduz mais um momento precioso da interpretação de Zeca Baleiro.

Em uma verdadeira avalanche sonora, a introdução da roqueira "Heavy Metal do Senhor", traz guitarras literalmente envenenadas, assim como descrito na letra da canção, em conduções técnicas e precisas! Descontraído, Baleiro revela mais uma vez, com grande propriedade seu lado roqueiro, trazendo drives e efeitos de modulação em vocalizes intensos! Amazing!

Em versão fiel à original, surge o grande hit "Telegrama" já caminhando para os instantes finais da apresentação.

Para o momento do bis, gratas surpresas foram reservadas nas execuções da icônica "O Tempo Não Espera" e a clássica "Proibida pra Mim", seguida pela vinheta "Por Onde Andará Stephen Fry?" antecedendo a execução do sucesso "Lenha".

Encerrando em grande estilo a noite, a ousada "Toca Raul", roqueira e cheia de atitude, apresenta como música incidental trechos de "Como Vovó Já Dizia" (Raul Seixas), traduzindo parte da grande irreverência e versatilidade de Zeca Baleiro, em meio aos riffs das guitarras de Tuco Marcondes, aliadas à bateria firme, contundente, quase lasciva de Stolarski. Grande fechamento para um inspirado espetáculo!


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