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Shine a Light: Bryan Adams em São Paulo

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Publicada em 20, Oct, 2019 por Marcia Janini


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Na noite da sexta-feira, 18 de outubro, o Allianz Parque em São Paulo recebeu mais um show da turnê "Shine a Light" do cantor e compositor Bryan Adams, um dos grandes nomes do soft rock.

Subindo ao palco por volta das 21h15 Bryan Adams esbanja charme e carisma ao som da inédita "The Last Night on Earth", uma canção com toques de modernidade no suavemente dançante andamento determinado pelos sintetizadores, que traduzem elementos de sonoridades pop.

Despojada "Somebody", um dos grandes hits de sua carreira, surge trazendo na bateria cadenciada em conversões ousadas e breaks estratégicos o grande diferencial para a melodia.

Mais um grande sucesso, a deliciosa "Can´t Stop This Thing We Started" com belíssimos solos de guitarra nas conversões ao refrão, em vigorosos dedilhados repletos de cromatismos determinam maior dinamismo à melodia, aliados ao perfeito vocal de Bryan em modulações e solfejos complexos.

Roqueira e sensual, "Run to You" surge em sua explosão dinâmica, bem pontuada pelo cadenciado da bateria de Mickey Curry em crescendo, baixo de Mikey Goldsworthy em dub no contraponto traduzindo aura levemente blueseira aliada à potente guitarra de acordes rascantes, emoldurando mais um grande momento da performance vocal de Adams. Grande momento do show!

Apresentando "Shine a Light", canção de trabalho de seu mais recente álbum que intitula a turnê, na melodia surgem elementos dançantes em aberto flerte com a modernidade do pop eletrônico, por onde Bryan mostra sua capacidade de reinvenção, ousadia e criatividade a cada novo álbum.

Após a execução de "Heaven", um dos maiores momentos de sinergia palco/platéia, com o coral uníssono do público apoiando a beleza da melodia e o vocal poderoso e lindo de Bryan em um dos momentos mais inspirados da noite, surge a agitada "Go Down Rockin´", traduzindo elementos de be bop e demais sonoridades rockers 60´s, inspirando-se fortemente no cadenciado repleto de velada sensualidade do blues. Em conversões clássicas e perfeitas, a bateria de Curry determina o andamento com propriedade, desenvolvendo a dinâmica constante que permeia a melodia. Great!

Mais um grande clássico "It´s Only Love", sucesso na década de 80 no dueto com Tina Turner, traduziu o ágil dedilhado blueseiro das guitarras distorcidas em ascendência com o uso de efeitos wah wah, apresentando o inusitado momento de ampliado improviso em jam na porção média da canção, conduzido com maestria por Keith Scott na guitarra melódica. Amazing!

Para a suavizada "Cloud #9", mais um bom momento da performance repleta de carisma de Adams, seguida pela rápida "You Belong to Me", trazendo o delicioso acento do country rock, aliado à elementos de rockabilly e doo wop... Divertido momento do show!

Após a execução da urgente balada "Have You Ever Really Loved a Woman?", traduzindo o picante acento hispânico no solapado dos violões de aço em sonoridades aflamengadas, surge a execução da introspectiva "Here I Am", apresentando apenas a acústica versão voz e violão pontuada pelos esparsos acordes do teclado de Olly Alexander, em privilegiado momento de Adams, onde toda a beleza de seu personalizado timbre vocal se alia a seu enorme talento também como instrumentista, na condução mais que especial da guitarra semi-acústica em melodiosos arranjos. Perfeito!

Mais um clássico "When You´re Gone" (em dueto com Mel C., ex-Spice Girl, em sua versão original) surge descontraindo o público, que marcou o ritmo com palmas para o andamento constante e ágil da canção, seguido pela dorida balada "(Everything I Do) I Do It For You", encerrando mais um ponto alto da apresentação. Na fusão entre o country rock e sonoridades pop, o violão de Bryan apresenta os solapados potentes do blues acompanhado pela guitarra de Scott em suave distorção para a efusiva "Back to You", em mais um especial momento do show.

Dinâmica, a roqueira "The Only Thing That Looks Good On Me Is You", traduz elementos extraídos de sonoridades hard em progressão, seguida pela suavidade de "Cuts Like a Knife", com delicada aura introspectiva na letra e no fraseado vocal, contrastando com o pulsar constante da bateria de Curry em grandes variações dinâmicas.

Jovial e sempre atemporal "18 til I Die" determina mais um momento de descontração e ousadia, antecedendo mais uma importante e romântica balada, a linda "Please Forgive Me".

Encerrando a vigorosa apresentação, a clássica "Summer of 69´", em fidedigna versão, surge repleta de energia, angariando de pronto a vibração das arquibancadas, em mais um grande momento do show.

Para o bis, foram reservadas algumas gratas surpresas, como "I Could Get Used To This", a inspirada releitura para o clássico "I Fought the Law" (The Crickets), "Straight From the Heart" em versão acústica e a linda balada "All For Love".


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