Show do Postmodern Jukebox é recheado de homenagens ao Brasil
Publicada em 24, Aug, 2017 por Ricardo Yasuda
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Como seriam os hits da atualidade, como "Halo", da Beyoncé, ou "Sorry", de Justin Bieber, se fossem feitos nas décadas de 20, 30, 40? Esta é a proposta do projeto Postmodern Jukebox, criado em 2011 por Scott Bradlee e que viralizou no YouTube. A escalação do projeto sempre muda conforme a turnê - afinal são mais de 40 artistas - e dizem que ela é sempre mantida em segredo.
Os fãs brasileiros do projeto finalmente puderam conferir ao vivo as versões em estilo vintage de sucessos modernos neste sábado, na Casa Natura Musical, em São Paulo. Ainda houve apresentações no Rio, em Belo Horizonte e Porto Alegre. Parte do público estava vestido a caráter, dando um ar realmente nostálgico à apresentação.
O show começou com uma versão instrumental para o tema dos Flintstones, com a banda composta por Arthur Vint (bateria), Steve Whipple (baixo), Logan Evan Thomas (piano), Erm Navarro (trombone) e Chloe Feoranzo (clarinete e sax).
Logo depois, o apresentador e também intérprete LaVance Colley entrou para introduzir a próxima música, com uma das cantoras originais do projeto: Robyn Adele Anderson, cantando "Call Me Maybe", de Carly Rae Jepsen. "I Will Survive" foi belamente interpretada por Sara Niemietz, uma verdadeira estrela da Broadway, e a seguir a estreia de Vonzell Solomon, finalista do American Idol no grupo, cantando "You Give Love a Bad Name" da banda Bon Jovi.
Quanto aos vocais masculinos, Rayvon Owen cantou "Ignition", sem o mesmo impacto das apresentações femininas, ao contrário do próprio LaVance, que cantou "Forget You" de CeeLo Green. Sarah Reich fez uma impressionante apresentação de sapateado, com direito a uma sambadinha, para delírio do público brasileiro.
O setlist ainda tinha versões de "Hey Ya!", do OutKast, que na minha opinião ficou muito melhor que o original, "Thrift Shop", o primeiro sucesso do projeto, com Robyn, e "All About That Bass", onde o destaque foi o baixista Steve Whipple. E quem disse que a Chloe Feoranzo só sabia tocar (e muito bem) clarinete? Ela tocou e também cantou "No Surprises", da banda Radiohead.
As apresentações no Brasil ainda tiveram a participação especial do próprio Scott Bradlee, no final. Ele tocou um mashup de artistas sugeridos pela audiência (The Beatles, Queen, Radiohead, Red Hot Chilli Peppers e Lady Ga Ga), e ainda tocou piano em algumas músicas.
No final, "Sorry", de Justin Bieber serviu para cada membro da banda fazer seu solo. E ainda mais Radiohead: "Creep", que ficou sensacional na voz de Vonzell Solomon.
Dava para perceber que os músicos estavam muito felizes de se apresentar no Brasil, tanto que houve muitas homenagens ao país: foi tocado um trecho de "Wave", de Tom Jobim, acompanhado em coro pelo público presente, e Sarah, como já dissemos, chegou a sambar em sua apresentação de sapateado. Na hora do seu solo, Chloe tocou um chorinho: "Um a Zero", de Pixinguinha.
Scott Bradlee prometeu que o PMJ volta ao Brasil em breve, e assim esperamos.
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