Peter Murphy e Wayne Hussey no Carioca Club
Publicada em 17, Sep, 2014 por Lucas Amorim
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A Capital de São Paulo recebeu, neste sábado (13/09), um dos encontros mais épicos da história da música gótica. Peter Murphy (ex-Bauhaus) e Wayne Hussey (The Mission e ex-Sisters of Mercy), reconhecidos mundialmente, como dois ícones deste movimento, fizeram uma grande apresentação da qual você acompanha nas linhas a seguir.
Todo mundo que gosta de boa música já ouviu falar de Peter Murphy, artista britânico que foi líder do grupo Bauhaus, pioneiro no estilo iniciando carreira ao lado de ícones, como The Cure, Joy Division e Siouxsie And The Banshees, e eis que 1 ano após a sua passagem no Brasil, o cara retorna para divulgar a sua mais recente Tour a “Lion South American Tour 2014”.
A abertura do evento foi responsabilidade do DJ Tonyy Moreira, que começou sua carreira no Ácido Plástico e no Madame Satã original. O cara que também foi residente das históricas casas Espaço Retrô, Treibhaus e Armageddon, selecionou um set list impressionante que agradou todo o público que chegou mais cedo para acompanhar o evento.
Na sequência e com grande estilo foi o grande Wayne Hussey que em sua apresentação teve uma performance muito positiva. O cara executou no Carioca Club, o seu elogiado set acústico, interpretando grandes clássicos como “Like a Child Again”, “Dragonfly”, “Stay with Me”, “Wasteland”, “Walk Away” além de canções do novo disco “The Brightest Light”.
Com uma performance pra lá de segura, Hussey que ficou mundialmente famoso pela participação nos seminais The Mission, Dead or Alive e The Sisters of Mercy colocou o público para relembrar velhos clássicos de sua carreira, acompanhado apenas de um sample, violão ou guitarra e um litro de vinho em cima de uma caixa.
Momento alto de sua apresentação veio com a premiada “Severina”, que fez toda plateia se emocionar e cantarolar junto, esta canção que ficou com um arranjo espetacular, além de muito bem executada com a ajuda de um coro de pessoas entusiasmadas lá em baixo.
Na sequência era hora de conferir um dos artistas mais emblemáticos de todos os tempos Peter Murph, que já se encontrava posicionado no palco quando as cortinas se abrem, juntamente com sua banda mandando de cara “Hang Up” e “Low Room”.
No início da apresentação o som estava muito ruim, pois o vocal de Peter estava inaudível e com falhas muito bruscas na afinação dos instrumentos, vez que a bateria estava muito alta e a guitarra meio fora de tom, alguns protestos da pista eram escutados e Peter, com sua longa experiência percebeu isso e tratou de consertar esse problema com a mesa de som, e logo felizmente tudo se resolveu e “Low Tar Stars”, foi executada já sem nenhum problema.
Acho muito legal as apresentações do Peter, as suas músicas são labirintos indecifráveis de psicodelia e viagem com solos pesados e cheios de Feeling, tente não viajar em “Peace to Each” ou na bela “Eliza”, não tem como não se deliciar ao som de “A Strange Kind of Love” e ir logo na sequência ao delírio com 2 covers seguidos do grande Bauhaus “Silent Hedges” e “She´s in Parties”.
Admiro também presença de palco do cara, sempre bem posicionado e com um olhar que vislumbra toda a plateia, Peter consegue desenvolver a apresentação numa boa, fazendo todo mundo lá em baixo ficar hipnotizado em seus movimentos e em suas composições como Velocity Bird e o ultimo som da noite “The Prince & Old Lady Shade”.
No famoso Bis, três canções para coroar esta noite sombria Cuts You Up, Lion, e Uneven & Brittle, finalizando mais uma ótima apresentação de Peter Murph aqui na Capital de São Paulo, embora o set envolva pouca coisa do Bauhaus, acho que é lógico, vez que o cara ano passado veio aqui e tocou um set inteiro de sua antiga banda, logo, era lógico que dessa vez ele fosse priorizar seu belo trabalho solo.
Uma produção digna de replay, dois grandes artistas renomados que provaram com esse encontro que as suas carreiras são como vinho, quanto mais velhas melhores e mais consistentes, vida longa para estes dois dinossauros do Rock´n´Roll.
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