'Milagre' Tecnológico Traz Cazuza Ao Parque Da Juventude
Publicada em 04, Dec, 2013 por Marcia Janini
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Na noite de sábado, 30 de novembro, o Parque da Juventude em São Paulo recebeu o show patrocinado por empresa de comunicação recém instalada na capital paulista.
Com início às 21h00, a homenagem a Cazuza, um dos grandes intérpretes e compositores do rock nacional e MPB, contou com banda formada por seus antigos colegas, entre músicos e compositores interpretando seus grandes sucessos. Assim Leoni, George Israel, Nilo Romero, Arnaldo Brandão, Rogério Meanda e Guto Goffi reuniram seus talentos neste grande show, que contou também com a participação especial de Gal Costa e Paulo Ricardo.
O aparato cênico, simples porém de excelente bom gosto e grande apelo visual, constou de telões dispostos nas laterais do palco, além de telão /ciclorama de fundo, onde trechos de clipes, entrevistas, fotografias e imagens surgiam acompanhando as canções. Nota para o excelente esquema de iluminação, auxiliando a criação da atmosfera festiva e descontraída, que marcou a apresentação.
Após breve introdução orquestral, Gal Costa surge, cheia de vigor e energia interpretando “Brasil”, um dos grandes sucessos de Cazuza gravado pela cantora nos anos 80.
“Pro Dia Nascer Feliz”, traduzida pelo impecável potencial vocal de Leoni, apresentou versão dançante, com fortes elementos da disco music, modernizando e determinando deliciosa verve pop à canção.
Paulo Ricardo divide os vocais principais em charmoso dueto com Arnaldo Brandão, ladeado pelos demais anfitriões do evento na execução de “Ideologia”, em versão similar à original.
Em um dos melhores momentos de performance individual do show, George Israel interpreta “Mina”, acompanhado pelo irrepreensível e blueseiro sax tenor.
Em clima alegre, desenvolto, onde a diversão e o clima de jam session ditaram a tônica, “O Nosso Amor a Gente Inventa” apresenta nos acordes esparsos do sintetizador moog na conversão aos refrões e na performance inspirada de Paulo Ricardo a atmosfera de juventude e frescor típica dos anos 80, em mais um momento especial do espetáculo.
Em “Blues da Piedade” nota para a brilhante execução do teclado de Gê Fonseca, conduzindo a melodia com grande propriedade, seguida de perto pelo brilhantismo da guitarra de Nilo Romero, em solo arrebatador, repleto de equilíbrio e personalidade. Emoldurando a canção o solo de trompete surge majestoso na finalização. Grande momento!
Gal Costa empresta seu timbre suave e diferenciado à execução de “Codinome Beija-Flor”. Cheia de bossa, a grande diva da tropicália encanta os presentes em performance inspirada e segura para este grande clássico também conhecido pela regravação de Luiz Melodia. A orquestração fantástica e majestosamente conduzida pelo maestro e arranjador Lincoln Olivetti, onde as cordas acompanham com suavidade e leveza o piano, determina um dos momentos mais belos do show.
Além destas canções, constaram do seleto repertório os sucessos “Malandragem”, “Medieval” (vinheta), “Todo Amor que Houver Nessa Vida”, “Solidão Que Nada”, “Ponto Fraco”, “Porque a Gente é Assim”, “Eu Preciso Dizer que Te Amo” e “Vida Louca Vida”.
Dando prosseguimento ao espetáculo, o momento mais aguardado da noite: o holograma de Cazuza surge interpretando “Exagerado”, dividindo o palco com seus antigos parceiros musicais.
A interpretação de “Faz Parte do Meu Show”, em um verdadeiro “milagre” tecnológico encerra um dos momentos mais emocionantes do show, ante aos olhares admirados do público.
Após a execução holográfica de Cazuza para “O Tempo Não Pára”, “Amor, Amor” e “Brasil”, os anfitriões juntamente com o convidado Paulo Ricardo voltam ao comando do show, interagindo com o público para o brilhante encerramento ao som de “Bete Balanço” e “Pro Dia Nascer Feliz”.
Se o dia seguinte nasceu feliz, é outra história, mas que a noite encerrou feliz, isso é um fato. Viva Cazuza, forever!
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