Soft Songs Com Acento De Modernidade: Regina Spektor
Publicada em 20, Apr, 2013 por Marcia Janini
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Na noite do dia 10 de abril, o Credicard Hall recebeu a simpática intérprete russa, uma das mais proeminentes vozes da atualidade para única apresentação, com início às 22h00. O cenário e a iluminação simples ditaram a tônica minimalista do espetáculo, criando aura de intimidade e aconchego ao público.
Traduzindo em seu bojo elementos do blues, “Ain´t No Cover” à capella, acompanhada de esparsa percussão, conduzida pela própria intérprete pela extração de sonoridade rítmica no microfone, inicia o show.
“The Calculation” e “On the Radio” swingadas na cadência do pop, apresentam a fusão entre elementos do synthpop 80’s e da disco music. A bateria, firmemente conduzida determina com grande precisão o andamento e as variações dinâmicas da melodia.
Explorando graciosos e joviais acordes do piano, “Small Town Moon” determina um bom momento da apresentação, apoiado pela exímia técnica de Regina Spektor na execução instrumental e no vocal suave, de tonalidade amena e rara beleza.
A dorida balada “Ode to Divorce” em pianíssimo, traduz nos arranjos simples de grande estética e no acompanhamento suave do violoncelo um grande diferencial.
A animada “Patron Saint” traduz na cadência pop elementos diretamente extraídos do indie 90’s. A bela finalização com breaks estratégicos amplia o poder da letra, simples e bem construída.
Com linda introdução em suaves acordes do violoncelo, “How” explora tonalidades sombrias, tristes, nesta balada romântica de andamento lento, em notas que apresentam toda a singeleza e delicadeza reflexiva expressa na letra. Vocalizes rascantes criam aura de sensualidade e urgência.
“All the Rowboats” apresenta já na introdução uma linda estrutura em rondó. A bateria marcante, com predomínio dos graves cadencia o tempo e andamento da canção de forma enérgica, simulando as batidas de um coração vivo, pulsante em uma composição nada óbvia, contemporânea e ousada.
“Dance Anthem of The 80’s” demonstra na agilidade do teclado acordes típicos do synthpop acompanhados por bela sequência de vocalizes joviais, denotando leveza na estrutura da melodia e vocal. Esparsos elementos de vertentes eletrônicas como o techno determinam cadência suavemente dançante.
Na contagiante cadência do reggae “Don´t Leave Me” traz como diferenciais a bela introdução do teclado e efeitos de beat box. Alegre e brejeira apresenta um ponto alto de verticalização no show, possibilitando uma maior participação do público.
A introdução que remonta à sonoridade celta determinada pelos tambores em “Eat” ascende vertiginosamente para o europop dance com influências 90’s, trazendo bons recursos de beat box na finalização.
“Ballad of Politician”, balda dorida, com andamento lento traduz no bojo da composição aura de erudição em acorde precisos, técnicos, remetendo à new age. Linda e simples, cativa pela bela interpretação vocal de Regina.
Além destes sucessos, constaram do set list da apresentação “The Call”, “Sailor Song”, “Folding Chair”, “The Party”, “Better” e “The Prayer of François Villon”.
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