O Bom, O Novo E O Diferente: Capital Inicial
Publicada em 06, Apr, 2013 por Marcia Janini
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Na noite do último dia 23 de março, o Capital Inicial apresentou no Credicard Hall show da turnê de lançamento de seu novo álbum lançado em 2012, “Saturno”, para um público de aproximadamente 6.500 pessoas.
Com sua costumeira simpatia, Dinho Ouro Preto e banda interpretaram as principais canções de trabalho do novo álbum, além dos grandes sucessos da carreira.
Iniciando o show, a execução de “O Bem, o Mal e o Indiferente”, uma canção com letra crítica, reflexiva e melodia pautada na sonoridade da new wave 80’s, com recursos atuais, num retorno às origens do estilo que consagrou a banda, apresentando ousadia e um rebelde ar retrô.
Numa grata surpresa para o público, o guitarrista apresenta o talento de seu rebento Pedro Teodoro dividindo com este a execução do instrumento em “Fátima”, que surge nesta apresentação com novos arranjos, suavemente modernizados com elementos do pop rock da atualidade, trazendo na introdução e finalização longos solos compostos por arranjos ricamente elaborados.
A balada “Lado Escuro da Lua”, canção de trabalho de “Saturno” surge bem pontuada pelo teclado em acordes doces, gerando atmosfera densa e introspectiva com grande propriedade, fugindo ao lugar comum ou ao romantismo piegas em mais uma bem elaborada composição.
“Apocalipse Agora” traduz na introdução bateria cadenciada, pesada, em andamento ralentado. No estilo punk, as guitarras distorcidas em escala ascendente permeiam a inusitada e bem construída melodia. A letra reflexiva transmite o ar de protesto determinado pelo uso recorrente de palavras de ordem. Refrão em glissando nos arranjos determina variação dinâmica sombria, remetendo ao universo do post-punk dark. Preciosos acordes da guitarra realizam finalização perfeita.
Surgindo na cadência frenética e límpida do hard rock “Cristo Redentor” traz guitarras distorcidas na afinação e andamento próximo ao heavy metal que se aliam com perfeição à bateria potente, cadenciada... Breaks estratégicos reforçam o refrão em mais um grande momento do show.
Realizando homenagens a outras bandas ícones do rock, a banda executa trecho de “Viva La Revolution” (clássico da banda punk Addicts) seguida pela execução de Natasha, onde um dos fãs foi carinhosamente convidado a subir ao palco e dividir as guitarras.
Além destas canções, clássicos como “Independência”, “O Passageiro”, “Fogo” e “Eu Vou Estar” também constaram do seleto repertório do show.
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