Som antenado na Via Funchal: Babel Fest
Publicada em 07, Feb, 2012 por Marcia Janini
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No último sábado, dia 4 de fevereiro, o festival teve início por volta das 22h30, trazendo algumas bandas do cenário indie alternativo para um público jovem e descolado…
Com abertura dos DJs Criolina e Barata, onde variados estilos auxiliaram a ambientação, festiva e aconchegante, o público foi se aquecendo para as atrações que viriam em seguida.
A banda China trouxe sonoridade voltada às tendências do rock, onde ao pop moderno e gostoso de ouvir, com letras ácidas e cheias de irreverência, fundiram-se elementos extraídos do classic rock; do heavy metal em riffs rascantes e agudos das insandecidas guitarras; do punk rock na bateria cadenciada de boa condução e elementos típicos da street music em breaks vigorosos, resssaltando o efeito dos refrões e no fraseado vocal ligeiro, remetendo ao hip hop... Excelente caldeirão de estilos, bem fundidos, revelando talento, criatividade e ousadia!
Em seguida a suavidade eletrônica do Mombojó trouxe a sonoridade brasileira, revelando entre a cadência do pop letras críticas de construção inusitada, criando interessante tessitura concomitantemente poética e satírica. Os estilos, leves e suaves que determinam as origens das melodias, apresentam a junção harmoniosa da bossa nova, samba rock, funk 70`s, disco, a esparsos elementos regionais, reproduzindo o timbre do xote e baião. O maior momento da apresentação, a canção “Pa pa pa”, muito executada desde seu lançamento e reconhecida também pela originalidade do vídeoclipe, abrilhantaram a apresentação bem suceidda da banda.
Após breve pausa com retorno da discotecagem trazendo ritmos latinos como a salsa, a aguardada atração da noite, Manu Chao já iniciou sua apresentação cheio de atitude, colocando o público para dançar ao sabor da mescla entre latinidade e reggae de raiz, numa apresentação em tudo bem conduzida. Nas finalizações, um ritmo de maior peso, trazendo a cadência frenética do ska-punk para as canções, com grande resposta do público que dançou e agitou durante todo o espetáculo.
O festival, findo por volta da 1h00, trouxe o que de melhor e mais criativo se têm produzido no meio indie/underground brasileiro, finalizando com Manu Chao, um dos grandes expoentes do reggae/ska da atualidade. Aguardemos as próximas edições!
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