McFly: Vertentes Clássicas do Rock em Roupagem Teen
Publicada em 26, May, 2011 por Marcia Janini
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Na última segunda-feira, 23 de maio, a banda Mc Fly apresentou-se no HSBC para um público de aproximadamente 4 mil pessoas.
A introdução contou com a exibição de vídeo da banda nos telões, onde os astros trocavam suas impressões gerais acerca da turnê.
Os aparatos de palco simples, apenas com ciclorama onde flâmulas símbolo da turnê surgiam num fundo preto auxiliou à dinâmica do excelente esquema de iluminação, que alternou de forma precisa os atuais estrobos típicos em raves à spots coloridos num show de luzes e cores arrojado e moderno.
Iniciando a apresentação, os britânicos executam “Party Girl” causando grande furor no público num pop dançante, remetendo vagamente à sonoridade synthpop do post-punk, determinada pelos teclados e sintetizadores, além da voz jovial de Danny Jones.
“Nowhere Left to Run”, traduz tônica à balada na excelente condução da bateria de Harry Judd em junção com os synths no refrão, em conversão inteligente, cadenciada, apresentando suaves elementos do post-punk.
“Transylvania” traduz letra introspectiva, com o charme do andamento e cadência pop, com interessante introdução em cíclica estrutura de rondó. Nota para a guitarra dedilhada e rascante de Tom Fletcher nas conversões ao refrão, acentuando a dinâmica da canção.
Um dos pontos altos do show, “Lies” pauta-se na cadência contagiante do hard rock em fusão com os modernizantes efeitos sintéticos, com inspirada interpretação dos vocais de Jones e intermezzo gracioso e bem executado dos agudos em semi-falsete de Fletcher, remetendo vagamente à new wave 80`s.
Traduzindo ao espetáculo outra grande verticalização, a execução de “I Need a Woman”, balada romântica com o apelo do rock a billy 60`s em moderna revisitagem, descontrai o público, que participa com grande frenesi.
“End of the World” apresenta letra politizada para a deliciosa cadência em dub do R&B, com andamento suavizado e riffs de guitarra afinadíssimos, em junção com a cadenciada bateria de Judd em condução impecável.
Em versão acústica dedilhada no violão por Fletcher e Jones, traz nos acordes iniciais o charme do folk rock em uma balada romântica, inspirada e original em seus detalhes, remontando ao country rock na cadência e andamento.
Influenciada pelo gospel e soul music, “Smile” dita tônica de descontração, com bela participação das backing vocals, e sublimes teclados, em mais um momento ousado e feliz do espetáculo.
“Star Girl”, “Five Colors in Her Hair” e “The Last Song” trazem a marca do rock a billy em inusitadas fusões com elementos do punk, hardcore e surf music, em ambientações ensolaradas e cheias de bossa.
Para o momento do bis, a banda reservou outros grandes sucessos nas execuções de “One for The Radio”, “The Heart Never Lies” e “Shine a Light”.
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