John Lennon quase cantou para grupo separatista IRA
Publicada em 12, Dec, 2006 por Musicao
Muito antes do U2 criar o hino pacifista “Sunday bloody sunday”, John Lennon já se preocupava com o episódio, no qual soldados britânicos mataram 13 irlandeses desarmados em 1972. A ponto de ter se oferecido para cantar em um show para arrecadar dinheiro para o Exército Republicano Irlandês (IRA), grupo que promovia atos terroristas contra a Inglaterra e pedia a separação da Irlanda do Norte do Reino Unido.
A revelação está no livro 'Lennon: the albums', do jornalista Johnny Rogan, biógrafo do músico inglês. Rogan entrevistou Gerry O'Hare, jornalista irlandês que se encontrou com Lennon em 1972, em Nova York.
O’Hare foi enviado a Nova York para falar sobre o massacre na Irlanda do Norte e, através de contatos do IRA na cidade norte-americana, em dois dias encontrou-se com o ex-Beatle, a quem os irlandeses do IRA consideravam um aliado útil.
“Ele levou bastante a sério a idéia”, disse O’Hare ao jornal inglês "The Guardian". “Até porque ele se ofereceu para fazer dois shows, um em Belfast (capital da Irlanda do Norte) e outro em Dublin (capital da Irlanda).”
As apresentações não foram realizadas porque Lennon tinha medo de que, se fosse para a Irlanda e fizesse os shows, não pudesse mais voltar aos Estados Unidos. O IRA ficou de resolver a questão, mas com o tempo o projeto foi deixado de lado.
Rogan também descobriu arquivos confidenciais do FBI que confirmam que o serviço secreto inglês espionou John Lennon por causa de seu apoio à causa irlandesa.
Fonte: Globo.com
|