Vertentes Alternativas no Pop Rock: OneRepublic em São Paulo
Publicada em 22, Sep, 2015 por Marcia Janini
Neste domingo 20 de setembro, os americanos do OneRepublic desembarcaram em São Paulo para a realização de mais um show da turnê "X" com início às 21h00 no Espaço das Américas, após sua passagem pelo palco do Rock in Rio no dia 18 deste mês.
Com aparato cênico simples, a banda trouxe sucessos de todas as fases de sua carreira, englobando canções de seus primeiros álbuns e hits atuais.
Iniciando a apresentação com atmosfera intimista e efeitos da mesa de iluminação apoiando os breaks estratégicos da melodia, causando furor nos presentes, a canção "Light It Up" surge após a execução da canção de abertura, a exuberante "Don´t Look Down".
Para "Secrets", além do telão de fundo exibir a calma imagem de ondas do mar, contrastando com a melodia vigorosa, de bateria cadenciada e arranjos com maior intensidade dinâmica, esparsos acordes do duo cello / violino e finalização em piano fazem desta uma melodia complexa e repleta de criativos recursos.
Após a introdução efetuada pelo coral gospel infantil em playback exibido no telão, a sonoridade urban de vertentes do r&b, aliada à elementos de ska com o fraseado vocal rápido e flexível do hip hop de "All the Right Movies", emoldurados pela bateria brilhantemente conduzida em malemolente cadência, determina flexibilidade ao andamento da canção.
Numa interessante sonoridade em dub em brilhante trabalho da percussão "What You Wanted", traz influências dos tambores afro aliados a melodia de andamento ralentado determinado pelas guitarras e teclado.
Explorando suave aura sulista, o violão sugere a introdução de elementos country à balada "Stop and Stare", suave na performance vocal de Ryan Tedder, de timbre aveludado e jovial, contrastando com o peso dinâmico do instrumental. Solfejos e modulações encerram a performance desta canção. Intenso!
Na delicada "Something I Need", os breaks estratégicos na melodia são preenchidos pelo vocal de Ryan e do público que canta em uníssono num dos pontos altos do show. Cadenciada a bateria introduz andamento ralentado, ascendendo suavemente para o refrão, numa sonoridade ousada e criativa para uma rock ballad. Interessante!!!
Após suave pausa preenchida pela exibição de imagens nos telões, têm início o celebrado solo de piano de Brent Kutzle, que encanta o público pela complexidade técnica e perícia na condução instrumental, demonstrando grande agilidade e desenvoltura num legato introdutório para a execução de "Apologize/ Stay With Me". Suave e delicada, em versão acústica, traz belíssimo instrumental com a presença do violoncelo em contraponto aos delicados acordes do teclado. Mais um especial momento do espetáculo.
Trazendo inegável acento pautado no universo country o delicioso cover de "Budapest" (versão para original de George Ezra), seguida pela romântica "Preacher" e pela reggaeira "Good Life" surgem marcando mais um ponto de intensa sinergia entre os músicos e seu público. Interpretando este bloco de canções do proscênio, a banda rompe a imaginária quarta parede que os separa do público, estabelecendo aura intimista, em preciosos instantes de sua memorável apresentação.
Após o impressionante solo da guitarra flamenca, explorando sonoridades como as seguidillas e pasodobles, num interessantíssimo acento andaluz, remontando à sonoridade mourisca e cigana, surge a bela introdução em toná para "Counting Stars".
Além destas canções, sucessos como "If I Lose Myself", "Love Runs Out" e o cover "Seven Nation Army" para o hit do The White Stripes constaram do bem escolhido setlist da apresentação.
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