No mundo dos selos, Elvis Presley também é rei
Publicada em 02, Jan, 2007 por Musicao
Apesar de ter morrido há 30 anos, Elvis Presley continua sendo o rei do "rock and roll", e também da filatelia nos Estados Unidos, onde um selo com sua efígie é considerado o mais popular de todos os tempos.
Mais de 124 milhões de selos de uma série emitida em 1993 com o rosto do cantor morto em 16 de agosto de 1977 continuam nas mãos do público e é o mais guardado dos EUA.
É o que revela uma lista divulgada pelo Serviço Postal dos EUA com os 25 selos comemorativos mais populares da história. Elvis, com 124,1 milhões de exemplares que os americanos preferiram não usar, ocupa o primeiro lugar.
Roy Betts, porta-voz do Serviço Postal, explicou à EFE que os selos em homenagem a Elvis e a outros muitos famosos visam reconhecer a contribuição destes à história e à cultura do país, assim como a promover um maior conhecimento do público das conquistas e da diversidade da sociedade.
"Elvis era uma lenda no mundo da música e recebeu esta homenagem por tudo que obteve em sua trajetória", ressaltou.
O Serviço Postal, que elabora a lista desde 1988 fazendo uma pesquisa em mais de 10 mil famílias, usa como critérios da popularidade de um determinado selo o volume de vendas e a quantidade deles que os compradores preferiram não usar.
De acordo com esses parâmetros, Presley é o líder indiscutível e tem uma vantagem considerável em relação aos selos de outros ícones populares, como o das atrizes Marilyn Monroe ou Lucille Ball, o do coelho Pernalonga e o de lendas do beisebol, dos Jogos Olímpicos e das histórias em quadrinhos.
O selo em questão foi emitido em 8 de janeiro de 1993, coincidindo com o 58º aniversário do nascimento do cantor e custava US$ 0,29.
Mostrava um jovem e sorridente Elvis vestido com jaqueta e gravata, ligeiramente inclinado sobre um microfone e com uma leve mecha de cabelo caindo sobre a testa, desafiando a ordem de seu inconfundível topete.
"Quinhentos milhões de selos foram impressos e se esgotaram em um tempo muito curto", explicou Betts, acrescentando que Elvis está na liderança da popularidade filatélica desde então.
Sabendo da relevância e das emoções que o rei do "rock and roll" suscita, o Serviço Postal tomou uma decisão sem precedentes e deixou que o público decidisse se queria um Elvis jovem ou mais velho no selo.
Oito artistas submeteram sessenta propostas e finalmente a eleição ficou entre dois desenhos: o de Mark Stutzman, que seria o vencedor, e outro feito por John Berkey.
A consulta popular, que começou em 1992, gerou um grande debate inclusive entre as mais altas instâncias norte-americanas - segundo lembra o Museu Nacional Postal - e 1,2 milhão de pessoas votaram, dos quais mais de 75% o fizeram a favor do jovem Elvis.
Os selos comemorativos mais populares já se transformaram em objetos exclusivos de coleção e o "ranking" será renovado com algumas das 50 mil sugestões que o publico envia por ano ao Serviço Postal.
Entre elas é muito provável que seja criado um selo de James Brown, o "Chefão do Soul" que morreu no último dia 25 em Atlanta (Geórgia) aos 73 anos e que como Elvis e outros poucos felizardos, é uma referência indiscutível da música nos últimos 50 anos.
O reverendo nova-iorquino Al Sharpton, amigo de Brown, lembrou que ele costumava dizer que só havia dois americanos "originais", Elvis e Brown, e que na ausência do primeiro ele devia seguir adiante com o estandarte.
Betts explicou que as normas prevêem que, para dedicar um selo, o protagonista deve ter morrido há pelo menos três anos e que completar todo o processo até que o selo esteja ao alcance do público requer um pouco mais de tempo.
"Não espere ver um selo de James Brown no ano que vem, mas é possível que sim em um prazo de cinco", assinalou o porta-voz, que ressaltou que Brown também "é uma lenda por méritos próprios".
Fonte: Terra
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