The Wailers em São Paulo
Publicada em 08, Dec, 2017 por Marcia Janini
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Na noite da última quinta-feira 7 de dezembro, o Citibank Hall abriu suas portas para uma festiva noite dedicada ao reggae, trazendo no show de abertura a banda Ponto de Equilíbrio e a clássica The Wailers, banda formada por Bob Marley e Peter Tosh nos anos 60.
Iniciando as apresentações da noite por volta das 21h15, Ponto de Equilíbrio traz seu reggae clássico com a deliciosa ginga carioca em canções que trouxeram letras de protesto e mensagens positivas, em grande energia e descontração para canções como "Aonde Vai Chegar", "Árvore do Reggae" e "Janela da Favela".
Começando sua passagem pelo palco por volta das 23h00, o The Wailers traz uma canção da nova safra, a ralentada "Irie" que abre espaço para a clássica "Natural Mystic", canção de Bob Marley and the Wailers, também mantida no andamento lento e alquebrado do tradicional reggae, em um bom trabalho da percussão de Aston Barrett Jr.
Na cadência do ska "Rastaman Vibration" surge vibrante, antecedendo o grande sucesso rocksteady "Buffalo Soldier", ambas também dos primórdios da carreira da banda.
Para a ensolarada "Midnight Ravers" no andamento gostoso do ska, percebemos o excelente trabalho da bateria de Barrett Jr. alquebrada nas conversões, aliada ao baixo em dub de Aston Barrett em perfeito contraponto e à ambientação rica promovida pelo teclado de Tyrone Downie. Contrastando com o potente vocal de Josh Barrett a suavidade da backing vocal Shema McGregor em timbre límpido e tonalidade baixa arremata a boa composição.
Trazendo a força vibrante do rocksteady na dançante melodia de "Rat Race" em uma bela performance vocal de seu líder Aston Barrett, o The Wailers segue trazendo metálica sonoridade da bateria, ascendendo suavemente. A guitarra alta de Junior Marvin em afinação padrão acompanha com charme a melodia.
Após um dos mais importantes momentos da noite com a execução de "Is This Love", surge a melodiosa "My Friend", suavemente dançante com acordes elaborados na sonoridade rocksteady traduzida na potente e roqueira guitarra de Donald Kinsey distorcida nas conversões, surgindo como um bom diferencial ao espetáculo, explorando grandes e vertiginosas variações dinâmicas. O teclado e os sintetizadores de Javaughn Bond em tonalidades robóticas e futuristas apoiam a força do refrão. Na finalização, a bateria cadenciada de Barrett Jr. em fortes ruflares dos tambores traduz grande energia.
Trazendo mais clássicos da época da formação com Bob Marley são executadas "Jamming" e "Roots, Rock, Reggae" em sequência.
Em inspirado momento do show "I Shot the Sheriff", sucesso também na versão de Eric Clapton, surge determinado pelo delicioso andamento cadenciado num convite à descontração, com sua característica bateria alquebrada nas conversões permeada pelo contundente baixo de Barrett em dub. Amazing!
Mais uma canção da nova fase da banda, a dançante "It´s Alright" traz nas guitarras rascantes de Kinsey e Owen "Dreadie" Reid e na linha diferenciada adotada pelo teclado de Downie seu grande diferencial. No constante andamento dançante, aparecem influências de sonoridades como o blues da guitarra na conversão e o andamento pop determinado pela bateria. Grande momento da apresentação!
Além desses sucessos, canções como "Three Little Birds", "Jamming" e "Get Up, Stand Up" constaram do set list da apresentação.
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