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Dolores O´Riordan no Brasil

Dia: 28/08/2007 (Terça-feira) - Às: 21:30

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A voz do do grupo de rock irlandês The Cranberries, Dolores O’Riordan, agora em carreira solo, se apresentará na Via Funchal no dia 28 de agosto. A cantora incluiu o país na turnê internacional de seu primeiro álbum solo, intitulado “Are You Listening?”. O CD foi lançado no Brasil, em maio deste ano, pela Coqueiro Verde Records. A vinda de Dolores O´Riordan está sendo organizada pela Mondo Entretenimento.

Acompanhada do guitarrista Steve Demarchi, o guitarrista-tecladista-flautista Denny Demarchi, o baixista Marco Mendoza e o baterista Graham Hopkins, Dolores traz aos palcos brasileiros um rock mais elaborado, fruto de cinco anos de reclusão musical desde que os Cranberries encerraram suas atividades. A autora de hits como “Linger”, “Dreams” e “Ode To My Family”, agora entoa canções como “Ordinary Day”, primeira faixa e primeiro single de seu novo disco.

Para quem já era fã dos Cranberries, duas ótimas notícias: a primeira é que Dolores continua trazendo em seus shows a mesma voz melodiosa e com entonação caracteristicamente irlandesa, que ajudou o grupo a vender mais de 40 milhões de discos na década de 90; a segunda é que as guitarras, dessa vez, falam mais alto e o rock’n roll está, mais do que nunca, à flor da pele da cantora.

Are You Listening?
Dolores O’Riordan

Tinha um bom tempo que você não escutava essa voz, não é mesmo? Pois é, faz cinco anos – exatamente o tempo que se passou desde que a banda irlandesa Cranberries encerrou suas atividades e a vocalista Dolores O’Riordan foi cuidar da vida. Com duas casas (na Irlanda e no Canadá) e três filhos, ela acabou se ocupando, se ocupando, se ocupando... e o tempo passou. Mas Dolores continuou lá a fazer suas canções, exercitando a pena com que ajudou sua antiga banda a vender mais de 40 milhões de discos – e qualquer pessoa que tenha vivido a década passada há de lembrar de sucessos como “Linger”, “Dreams” e “Ode To My Family”. Bom, para quem não consegue esquecer os Cranberries, aí vão então uma boa e uma ótima notícia. A boa é que a voz melodiosa e com entonação caracteristicamente irlandesa de Dolores está enfim de volta em Are You Listening?, o seu primeiro disco solo – aquele que todo mundo achava que a moça, um ícone do rock dos anos 90, iria acabar fazendo um dia ou outro.O lançamento brasileiro – aliás, simultâneo ao do exterior – é da Coqueiro Verde Records, com distribuição da EMI. Certo. Já a ótima notícia é a seguinte: ao invés de viver do passado, a cantora e compositora deu vários passos à frente e veio com uma proposta sonora completamente nova. Não foram só os cabelos – agora compridos – que mudaram. O disco solo de Dolores O’Riordan é o atestado artístico da menina roqueira que virou mulher.

Com uma ajudinha na produção do consagrado Youth (de discos do U2, Paul McCartney, The Verve e Primal Scream) e de Dan Brodbeck, a cantora pegou algumas das 30 canções que havia feito nos últimos cinco anos e começou a tecer, com bastante calma, a tapeçaria sonora de Are You Listening?. Que, por sinal, começa a ser desfiada com o rock “Ordinary Day”, primeira faixa e também o primeiro single do disco. É aí que se vê que a pegada radiofônica de Dolores ainda se mantém, num rock elaborado, com letra otimista (“esse é só um dia comum / afaste as suas inseguranças”), para a qual ela foi buscar inspiração no nascimento de sua filha mais nova, Dakota. O apelo pop ainda se revela em duas outras faixas: “Accept Things” (“você deve abrir os olhos / facilitar que as coisas sejam aceitas”), um rock de refrão forte, e “Apple of My Eye”, música feita para o marido.

Entre dedilhados de violão, toque de piano e belas harmonias vocais, Dolores desfila sua delicadeza cranberry nessa canção que se beneficiou bastante da sensibilidade do produtor Youth. “Ele certamente trouxe uma visão própria e ajudou a suavizar as faixas sem afetar sua integridade e paixão”, elogia a cantora, que também teve como companheiros no disco o guitarrista Steve Demarchi, o guitarrista-tecladista-flautista Denny Demarchi, o baixista Marco Mendoza e o baterista Graham Hopkins. “Logo que as primeiras sete faixas foram compostas, nós entramos em estúdio e as gravamos primeiro. Não tivemos pressa com o disco. No total, levamos quatro anos para compor e gravar todas as canções”, diz.

Então, o negócio é o seguinte em Are You Listening?. Quer rock? Pois as guitarras falam alto em “When We Were Young” (“engraçado como as coisas tinham um gosto melhor quando você era jovem / engraçado como as coisas pareciam mais fáceis quando você era jovem”) e na indignada “Loser” (“uma lâmpada de dois watts é mais brilhante que você”). Mas se o que você quer é psicodelia de guitarra bem climática, à la The Cure, a parada deve ser feita em “October” (“você pensa que é o mundo / estou tão perdida sem você”) e em “Ecstasy”, a melancólica faixa que fecha o disco. A grande novidade em Are You Listening?, porém, está nos cruzamentos entre a beleza de vozes e teclados e a aspereza de guitarras e beats – o que é exatemente o caso em faixas como “In The Garden”, “Human Spirit” (que cresce com a adição de piano, flauta e cordas), a sofrida “Stay With Me” e a fantasmagórica “Black Widow”, uma teia feita com cordas vocais e versos soturnos (“a viúva negra / esperando por seu amante / a viúva negra / chorando em seu quarto”). Mas cuidado, porque as guitarras acabam mostrando seus ferrões no refrão: “e ela morre, e ela morre / sentindo-se sozinha / ela é sozinha.”

Tem muita angústia em Are You Listening?, mas ela encontra sua redenção na bela música “Angel Fire”, um rock sobre a busca pela religiosidade (“Leve-me onde eu quero ir / ensine-me coisas que eu preciso saber”). É o retrato da Dolores O’Riordan que deu uma volta completa e chegou cheia de novidades. “Esse álbum foi um acordar na minha vida”, diz ela. “Uma jornada que eu completei. É como se eu tivesse cruzado uma ponte até um novo platô. Minha vida é tão diferente agora do que há 10 anos... É uma época muito empolgante para se voltar a lançar músicas. Minha composição está voltando”.

Are You Listening? (Estão ouvindo?) Esperamos que sim!
Silvio Essinger, abril de 2007



Via Funchal
Rua Funchal, 65
Vila Olímpia, São Paulo, SP
www.viafunchal.com.br








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