Aerosmith e Def Leppard Apresentam Noite de Clássicos no Terceiro Dia do SP Trip
Publicada em 28, Sep, 2017 por Marcia Janini
Subindo ao palco do SP Trip por volta das 19h30 do último domingo, 24 de setembro, sob forte aparato cênico, determinado pelos charmosos neons remetendo aos anos 80 nas imagens do ciclorama e bem executado esquema de iluminação, o Def Leppard inicia sua passagem pelo festival ao som da rápida "Let´s Go".
Em um dos mais importantes momentos do show, surge a clássica "Animal", seguida pela dinâmica "Let it Go".
Utilizando elementos robóticos na introdução em sampler dos sintetizadores, o grande hit "Love Bites" é relembrado com maestria, num perfeito trabalho da guitarra em poderosos solos nas conversões ao refrão e pela magistral condução dos sintetizadores. Belo momento da apresentação...
Na descontraída "Armageddon It" em deliciosa cadência do rock de linhas hard, explorando a potente sonoridade dos rascantes da guitarra de Phil Collen e a precisa condução da bateria de Rick Allen determina mais um bom momento do show.
"Man Enough" apresenta a viajante sonoridade road com esparsos elementos do country, ditada pelos bons arranjos da guitarra distorcida em slides e cromatismos, baixo potente de Rick Savage em dub e bateria cadenciada.
Em mais um excelente trabalho da mesa de som e sintetizadores, a impactante introdução da clássica "Rocket" surge em cascatas de pura dinâmica. Em mais uma forte alusão ao retrô, surgem nos telões localizados nas laterais do proscênio e encimados pela ilha da bateria a imagem formada por um muro de antigos televisores, emoldurando a ilha da bateria impecável e frenética de Allen, em um dos momentos mais importantes do show.
A urgente balada "Bring On the Heartbreak", mais um grande clássico da banda com suas guitarras em acordes dedilhados de extrema complexidade, apresenta mais um brilhante momento do inspirado vocal de Joe Elliott em modulações precisas.
Frenética no andamento, na poderosa cadência do heavy metal, surge a instrumental "Switch 625" em um harmonioso trabalho da banda com o baixo de Savage em contraponto, encerrada com maestria pelo impressionante solo da bateria de Rick Allen.
Mais um grande clássico, a balada "Hysteria" traduzindo toda a força de uma bem construída melodia, de arranjos simples e sutis variações dinâmicas, emoldurando a versátil letra, encerra outro ponto alto do show.
O grande hino "Let´s Get Rocked" é executado de forma incendiária numa excelente performance da banda, repleta de vitalidade e energia, seguida pelo sucesso "Pour Some Sugar on Me", com sua conversão marcada pelo ágil fraseado vocal de Elliott, apoiando o perfeito refrão. Riffs da guitarra em rascantes acordes de Vivian Campbell (ex-Dio) determinam a ousadia expressa pela letra com precisão. Perfeito!
Trazendo o peso dinâmico bem explorado pelo marcante baixo em dub step, no perfeito contraponto à bateria contundente, "Rock of Ages" surge em meio aos arranjos das guitarras melódica e rítmica encadeadas, aliadas à poderosa força do versátil vocal.
Iniciando a apresentação com "Let the Music to the Talking" o Aerosmith, após vídeo com imagens fotográficas em retrospectiva de vários momentos de sua carreira, sobe ao palco por volta das 22h00.
Na sequência, com muita energia, surge o grande sucesso "Love in an Elevator", obtendo imediata resposta do público, em excelente momento de perfeita sinergia entre banda e fãs. Nota para o impactante instrumental, num excelente trabalho da bateria de Joey Kramer, e para a performance vocal de Steven Tyler. Amazing!
Mais um grande clássico surge na execução de "Cryin´", com a impecável e emblemática gaita de Tyler ganhando os ares e emoldurando com graça e firmeza o refrão, solo da guitarra de Joe Perry na finalização encerra o bom momento do show.
O hit "Livin´ On the Edge" na sequência de seus acordes em progressão ascende para o ápice do refrão, após o break estratégico de apoio. Repleta de variações dinâmicas, a urgente melodia revela mais uma vez sua atemporalidade na cadência constante do hard rock de linhas clássicas. Impecável a condução da guitarra rítmica de Brad Whitford em perfeitos glissandos nas finalizações de impressionantes solos. Dividindo os vocais com Kramer, na porção final da canção, Steven Tyler age de forma descontraída, demonstrando o carisma de um dos maiores front man do rock. Amazing!
Para a divertida "Rag Doll", explorando sonoridade com esparsos elementos do urban, determinados pelo fraseado vocal rápido e pelos teclados jazzísticos, aliados aos potentes arranjos das guitarras em rascantes, cromatismos e charmosos slides, percebemos mais um brilhante momento do show.
Simpático, Joe Perry traduz para o público os elementos fundantes da blueseira releitura para "Stop Messing Around" (Fleetwood Mac), antes de iniciar sua perfeita performance vocal. Explorando sonoridade clássica do blues, a descontraída jam session conta com os perfeitos arranjos do piano e com a gaita super temperada de Tyler, num dos momentos mais divertidos da apresentação, onde a descontração e versatilidade dos músicos ditaram a tônica. Perfeito!
Para a jam session de "Oh Well", em mais uma inspirada versão para outro clássico do Fleetwood Mac trazendo o hard rock na fusão com o jazz, se explorou a híbrida sonoridade com propriedade ímpar, determinada pela bateria cadenciada e constante de Kramer, abrindo espaço para os deliciosamente dissonantes acordes das guitarras. Baixo em contraponto de Tom Hamilton brilha na manutenção do alquebrado andamento. Great!
Arrefecendo um pouco os ânimos após a performance impactante, surge intimista ponto da apresentação, em mais uma arrebatada e mais que perfeita performance vocal de Tyler na execução da balada "Crazy", para delírio dos fãs. Guitarras em afinação alta e belíssimos cromatismos apoia o poderoso refrão. Importante momento do show!
Ambientando mais um momento de forte identificação do público, os belíssimos arranjos do teclado introdutório permeiam com brilhantismo e beleza a melodia de "Don´t Want to Miss a Thing", aliando-se ao potente vocal de Tyler em modulações e vocalizes inspirados.
Para a descontraída "Mama Kin", os blueseiros teclados apoiam as guitarras em alucinante andamento, traduzindo a força do classic rock para o espetáculo, com impressionante dinamismo. Carismático, Tyler tira selfie com fã no término da canção.
Trazendo o importante cover de "Come Together" (The Beatles) em fidedigna versão aos arranjos e métrica originais da melodia, Tyler e banda presenteiam seus fãs com a toda a sua extrema perícia e versatilidade.
Após o impressionante solo do baixo de Hamilton na introdução de "Sweet Emotion", com sua marcante sonoridade pautada no country rock de linhas clássicas, se dá a perfeita execução da melodia, em literal emocionante momento do show... Instrumentos perfeitamente harmonizados traduzem mais um belíssimo momento da apresentação. Guitarra rítmica em distorção finaliza com propriedade e grandeza a melodia.
Finalizando a apresentação, os grandes clássicos "Dude (Looks Like a Lady)", "Dream On" e "Walk This Way" encerram o show em impressionantes e perfeitas execuções!!! Amazing!!!
|