For the Love of Metal: Dee Snider em São Paulo
Publicada em 25, Mar, 2019 por Marcia Janini
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Na noite do sábado, 23 de março, o Tom Brasil em São Paulo recebeu show de um dos icônicos vocalistas de heavy metal dos anos anos 80, Dee Snider.
Abrindo as apresentações da noite por volta das 20h45, o The Secret Society de Curitiba/ PR já inicia sua passagem pelo palco ao som de uma composição vigorosa e repleta de variações dinâmicas na execução de "Beyond the Gates", canção que traduz aliada ao hard rock de linhas clássicas elementos da dark wave no teclado em notas suspensas, além do andamento ralentado e intensas variações dinâmicas típicas do progressive metal, em uma mini suíte de grande impacto!
Densa e introspectiva surge "Fields of Glass", também explorando nos samplers de sintetizadores a aura densa das sonoridades dark, aliadas à potente guitarra em afinação padrão... Nota para o trabalho da bateria, em arranjos precisos e pouco convencionais! Criativo e dinâmico!
Para a tétrica "Mephistofaustian Transluciferation", o inspirado e brilhante vocal de Guto Diaz surge em um de seus melhores momentos na apresentação, transmitindo toda a força e urgência expressa na letra, aliada à melodia de andamento forte, linear, bem conduzida pela exímia e técnica bateria. Timbres rascantes e altos surgem na bem pontuada guitarra.
Em tonalidades que dialogam com o pop rock, "The Final Cut" aborda em sua melodia democráticas linhas, pautando-se na sonoridade dinâmica de arranjos simples, em uma canção de grande vigor. Breaks estratégicos apoiam a força do refrão, que apresenta mais um bom momento da performance vocal de Diaz.
Pautada na forte cadencia dark "Rites of Fire" apresenta mais um grande momento do show. Frenético andamento desenvolvido pelo baixo potente em contraponto à bateria, na junção com a guitarra alta e distorcida de Fabiano Cavassin traduzem à melodia eletrizante densidade.
Para "Rubicon", o fraseado vocal ralentado, ascendendo para modulações imprecisas traduz à melodia grande diferencial e atmosfera de velada ousadia. Os acordes da guitarra em dissonantes riffs traduzem à melodia profundidade, na junção com o diferenciado baixo. Mantendo o cadenciado forte e bem pontuado, a bateria de Orlando Custódio prossegue em avassaladora potencia! Um dos melhores momentos do show!
Rascante e elegantemente dissonante desde sua introdução, em dedilhados ralentados, e guitarra que ascende para tonalidades mais próximas do hard rock, o delicado andamento de "The Architecture of Melancholy" traduz mais um bom momento da apresentação.
Encerrando a apresentação, a inspirada releitura para a clássica "Cry For Love" (Iggy Pop).
Na vinheta introdutória "Exciter" (Judas Priest) surge antecedendo a entrada de Dee Snider e banda por volta das 22h00, que já iniciam sua apresentação ao som de "Lies are a Business", na frenética cadência heavy.
Para "Tomorrow´s No Concern" e "You Can´t Stop Rock ´N´ Roll", clássico do Twisted Sister, mais uma avalanche sonora em andamento ágil, bem pontuado pelo baixo em dub de Russell Pzutto no contraponto à bateria constante. Breaks estratégicos e solos da guitarra em afinação alta nas conversões ao refrão emolduram com precisão o potente vocal de Snider.
Após pequena interação com o público, Dee Snider e banda executam canção da mais recente safra, em carreira solo. Assim, os acordes rascantes da guitarra de Nick Petrino em progressões prenuncia mais um bom momento do show para a suavizada "American Made", flertando com sonoridades pop.
Mais um grande clássico surge na execução de "Burn in Hell", trazendo seu contundente baixo cadenciado e vocal gutural na introdução, ascendendo para o andamento speed metal em uma melodia de forte apelo e refrão poderoso! Clássico sempre atual!
Após a ousada "I am the Hurricane", em notas encadeadas de dedilhados técnicos das cordas introdutórias das guitarras de Bellmore e Petrino, aliadas ao baixo e à bateria cadenciada determinando o andamento suavizado em perfeito apoio ao potente vocal de Dee Snider; o grande hit da banda "We´re Not Gonna Take It" é executado em clima de enorme descontração. Great!
"Ready to Fall", releitura para a canção de Widowmaker, traduz à apresentação momento clássico dos primórdios da carreira solo de Snider, sob grande participação do público, em diferenciado momento de reminiscências do artista. Great!
Em raro e belo momento introspectivo do espetáculo a linda balada "The Price", da safra Twisted Sister, determina delicada aura de suavidade, ascendendo nos refrões para a urgência do refrão, em acordes vigorosos da guitarra de Charlie Bellmore. Digna de menção a homenagem nos telões, apresentando imagens de grandes astros do rock falecidos, finalizando com A.J. Pero (1959-2015) baterista integrante do Twisted Sister.
Mais uma canção da safra atual "Become the Storm" surge com ares de grande hino, em sua melodia simples e refrão de fácil assimilação.
Finalizando a apresentação dois grandes sucessos do Twisted Sister surgem em versões fidedignas às gravações originais "Under the Blade" e "I Wanna Rock".
Para o bis, registro ao vivo de "Tomorrow´s No Concern" para a gravação do próximo DVD, encerra com vigor a descontraída noite.
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