M5 On the Road: Maroon 5 em São Paulo
Publicada em 18, Mar, 2016 por Musicao
Cheios de vitalidade em canções vigorosas, que contrastam com o tom suave do vocal, o Dashboard Confessional sobe ao palco para o show de abertura. Com letras fluidas e descontraídas e melodias cheias de peso, determinadas pela condução precisa da bateria e pelas guitarras enfurecidas, a banda traduz clima de jovialidade e ousadia.
Subindo ao palco rigorosamente às 21h30, o Maroon 5 já inicia a apresentação com a suavizada "Animals"... Trazendo nos vocais falsetes profundos e inspirados para o refrão de apelo forte, a melodia na cadência do pop rock, de acordes suaves, ascende para uma finalização explosiva unindo-a às canções seguintes, as alegres "One More Night" e "Stereo Hearts" na ensolarada e divertida sonoridade do reggae, bem pontuadas pela bateria cadenciada e pelos melífluos acordes do teclado, que com grande graça e leveza mantém a aura de descontração das melodias.
A deliciosa "Harder" marca um dos grandes momentos da apresentação, trazendo o apelo retrô do rockabilly na introdução, ascendendo para o hard rock de linhas fortes elementos esparsos da sonoridade heavy nos riffs precisamente técnicos e ágeis das guitarras e um belo coro canônico na finalização.
Festiva "Lucky Strike" adota elementos da sonoridade latina, fundidos ao pop rock repleto de variações dinâmicas e recursos modernizantes.
"Wake Up Call" de andamento ralentado explora para a sonoridade reggaeira de fundo os acordes ousados do hardcore, bem pontuados pela presença marcante do sintetizador, que realiza o contraponto perfeito às guitarras frenéticas nas finalizações do refrão.
Aliada à introdução extraída do electrohouse determinada pelo sintetizador em notas suspensas, a bateria cadenciada e as guitarras altas de "Love Somebody" também fazem desta moderna balada romântica outro ponto alto da apresentação.
Em mais uma criativa composição, que brinca com a junção de elementos latinos, blues e suaves notas country sobre a base de reggae "Maps" surge como um dos bons momentos do show.
Marcando um dos principais pontos de sinergia da banda com seu público, "This Love" adentra no universo do r&b, trazendo delicioso acento rumbeiro na introdução e nas conversões ao refrão, em uma ousada e criativa composição, que abusa dos cromatismos e dissonâncias. Excelente!
Na suave cadência do soul, determinada pelos dobrados da bateria bem pontuada, pela malemolência das notas do teclado e pelos vocalizes em tonalidade crooner, o grande hit "Sunday Morning" enche de graça a apresentação com seu instrumental pautado nas big bands, em uma jam session enfurecida na introdução. Nota para a brilhante condução da bateria, em técnica ímpar, demonstrando toda a perícia e agilidade deste grande músico.
Numa delicada introdução coral à capella, "Payphone" lindamente adornada por vertiginosos glissandos e outros recursos de grande efeito estilístico apresenta ares de grande hino, em meio ao andamento simples, de notas brilhantemente encadeadas e acordes preciosos. Grande efeito para grande momento!
Encerrando a primeira parte da apresentação, "Daylight" explora sonoridade que transpira ar de tranquilidade em acordes suspensos e belíssimos vocalizes. Mais uma bem construída canção.
Para o momento do bis, os sucessos "Lost Stars", "She Will", "Moves Like Jagger" e "Sugar" são contemplados no bem elaborado setlist.
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