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Projota

Dia: 12/09/2015 (Sábado) - Às: 22:00

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São nove anos de carreira desde os primeiros duelos de MCs, cinco anos da sua estreia profissional com o show e EP “Carta aos Meus”, mais de seis milhões de fãs no Facebook, um DVD independente que bateu a casa das 25 mil unidades (marca de Ouro), 100 músicas compostas até o momento, pelo menos três sucessos em rádios e uma dezena na Internet, além de três mixtapes e dois EPs que, juntos, venderam mais de 50 mil cópias.

Projota chega ao seu primeiro disco oficial, “Foco, Força e Fé” (Universal Music), com a bagagem de quem um dia já percorreu o circuito underground do rap e as batalhas de MCs, para então ganhar força e popularidade graças ao impulso das redes sociais. Com a contundência de quem se revela a cada rima, o rapper abre seu coração nas baladas românticas, como também nas letras e bases poderosas sobre superação, crime, sexo e crítica social.

Vigoroso e sofisticado, o álbum traz ainda peculiaridades como arranjos de cordas e metais, elementos do pop, do rock ao reggaeton e participações de Marcelo D2, Dado Villa-Lobos, Negra Li e J Balvim. O acabamento minucioso completa-se ainda com a produção e programações de Pedro Dash e Marcelinho Ferraz e a masterização no estúdio Sterling Sound, em Nova Iorque, por Chris Gehringer (de Jay-Z e Kate Perry). Nos últimos anos, Projota ampliou ainda mais o seu público ao emplacar faixa em novela (“Chuva de Novembro” em Guerra dos Sexos) e ao ter a música “Mulher” cantada por Anitta em seus

shows. O rapper participou do DVD da cantora com “Mulher” e “Cobertor”, ambas estouradas e de sua autoria. Com uma base consolidada de fãs e de shows, Projota apresentou “Mulher” no Prêmio Multishow, em outubro, enquanto o single “Enquanto Você Dormia”, do novo álbum, uma balada com suingue black, já toca nas rádios.

Depois de tantos anos de ralação, Projota já é realidade. “Para mim é como se fosse um novo começo. Cheguei onde cheguei porque lutei muito. Eu sabia que tinha possibilidade de conquistar o público, meu trabalho tem esse potencial”, diz o rapper. Quatro das músicas gravadas são de sua trajetória independente: “A Rezadeira”, “Carta aos Meus”, “Mulher” e “Cobertor”, esta última disponível apenas para download no iTunes. Na opinião do cantor, “A Rezadeira”, sobre um amigo que se tornou bandido, é a melhor que já fez. Um dia mostrou a faixa para ele: “Eu vi o disfarce e vi seu cano/ Vi você atirando /(...) E vi o seu peito sangrando”. “Primeiro ele chorou, mas depois reclamou: poxa, cara, eu não queria morrer não, muda aí!”, conta. “Fiz então o bandido ressuscitar”.

Nascido e criado no bairro de Lauzane Paulista, Zona Norte de São Paulo, Projota começou a carreira com o coletivo Na Humilde Crew, do qual faziam parte também Emicida e Rashid. A infância foi pobre e passou ao largo da criminalidade: “O rap salvou a minha vida. Eu podia ter feito um monte de bosta. Como todo moleque, também queria um tênis louco, eu não tinha nada, usava roupa do meu irmão mais velho. Mas quando eu ouvi 'Só Deus Pode Me Julgar', do MV Bill, ainda na adolescência, decidi: eu quero cantar rap, é isso que eu quero da minha vida”. Compondo os primeiros versos desde os 15 anos, ainda trabalhou como balconista e entregador e chegou a cursar Educação Física, pelo ProUni, programa federal para classes baixas, antes de largar tudo pela música.

Em outra faixa em que também conta uma história, uma de suas vertentes, “O Homem que Não Tinha Nada”, o rapper fala de um trabalhador que acorda cedo e é morto por “outro homem que não tinha nada”. No emocionado refrão, Negra Li solta a voz, cheia de esperança: “O ser humano é falho, hoje mesmo eu falhei/ Ninguém nasce sabendo, então me deixe tentar”. Projota comoveu-se com o resultado: “Chorei muito quando ouvi. Ela coloca uma intenção, um sentimento...”. A faixa que dá nome ao disco – que Projota, viciado em Playstation, descreve como uma “voadora do Street Fighter” – fala desta ideia que criou para resumir a batalha diária da vida. “Foco num objetivo, força pra ir até o fim e fé pra acreditar que é possível alcançar”, enumera. Criada e difundida há tempos pelo rapper, que tatuou “foco, força e fé” no braço direito, a expressão ganhou fama entre artistas, personalidades e jogadores; Daniel Alves, da Seleção, é um que costuma postar a frase.

Também na linha soco no estômago, “Um Dia a Mais” é a mais pesada do álbum, com viradas de baterias e samplers que remetem a sonoridades clássicas do rap. “Eu tenho um dia a mais pra viver/ Um dia a mais pra sonhar”, dizem os versos. “Vocês têm um problema porque eu ainda estou aqui e vão ter que lidar comigo por mais um dia”, explica o sentido da letra o rapper. Embora de andamento mais lento, “O Astronauta” também fala de realidade e mudanças: “Viver é melhor que sonhar (...) eu quero tudo pra já”. Assim como “Tanto Faz”: “Dizem que eu sou burro por buscar a paz/ Mas se eu buscasse a guerra, seria bem mais”.

Já em “Hey, Irmão”, feita em homenagem aos amigos, embora também entre as faixas mais calmas, o tom é de nostalgia: “Éramos seis ou sete pivetes/ Que sonhavam em poder sonhar lá aos 17”. Na linha dançante, em “Elas Gostam Assim” Marcelo D2 assume os vocais e anuncia: “Toda dama quer o seu vagabundo”. A batida é forte, com assumida influência do pop americano, mas com a inigualável e original presença de um berimbau. Já em “Tranquila”, Projota faz uma versão sobre o hit em ritmo de reggaeton do colombiano J Balvim, que participa nos vocais.

Uma característica marcante de sua carreira, o rap romântico, está presente nas faixas “Enquanto Você Dormia”, “O Vento”, “Mulher”, “Foi Bom Demais” (sobre o fim de seu último namoro) e “Vozes na Sala de Estar”, que também pode ser lida como um acerto de contas com os fãs mais intensos das mídias sociais. Projota conta que cresceu ouvindo a mãe e a avó escutando Roberto Carlos e Julio Iglesias, daí a influência, que se mistura com suas vivências pessoais. “Minha música sempre reflete um desabafo visceral, à flor da pele, por isso que meu público se identifica comigo”, diz.

No rap, ele cita Racionais MC, MV Bill, RZO e Sabotage como principais referências. Também foi intensa a presença do rock, por meio do irmão mais velho, ainda mais próximo após perderam a mãe, quando Projota tinha nove anos. Filho de mãe branca e pai negro, ele cresceu entre brancos, criado pelo pai e a avó, descendente de italiana. “E eu, negro de pele clara, branco de pele escura”, diz, em “Carta Aos Meus”. A faixa, última do disco e a primeira de seu EP de estreia, contou com participação de Dado Villa-Lobos, que reproduz, na base da música, os riffs de “Tempo Perdido”, da Legião Urbana, também grande influência. Ao final da faixa, Projota relembra a partida da mãe “Quase consigo ver... Ela estava se preparando para nos deixar”. Em seguida, logo após fazer alusão aos fãs, homenageando-os como membros de sua própria família, Projota constata que é só o primeiro passo, pois ainda há muito para acontecer. E Dado entoa o clássico refrão, fechando um promissor álbum “de estreia”: “Somos Tão Jovens. Tão Jovens”.



Audio Club
Av. Francisco Matarazzo, 694
Barra Funda - São Paulo - SP - BR
www.audiosp.com.br

Ingressos de R$40,00 a R$80,00 (primeiro lote)
www.ticket360.com.br



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